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sábado, 02/08/2025

Bolsonaro diz que EUA se incomodam porque Lula quer novo padrão monetário no Brics

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O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que a decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas de 50% a produtos brasileiros é uma reação do governo americano às atitudes e declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Bolsonaro, Lula insiste em se alinhar com países como China, Rússia, Irã e Venezuela, e que o governo dos EUA ficou especialmente incomodado quando Lula anunciou, durante o encontro dos Brics, a intenção de criar um novo padrão monetário, retirando o dólar das negociações entre esses países.

Na mesma sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que Bolsonaro deve usar tornozeleira eletrônica, proibiu contato com outros investigados pela Corte e autorizou busca e apreensão na casa do ex-presidente.

De acordo com Moraes, existem provas de que Bolsonaro e seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, estão envolvidos em ações contra a soberania nacional, com a intenção de influenciar processos judiciais, desestabilizar a economia brasileira e pressionar o Poder Judiciário.

O presidente americano Donald Trump, ao confirmar as tarifas contra o Brasil, mencionou uma ‘caça às bruxas’ contra Bolsonaro, em virtude das investigações no STF. Eduardo Bolsonaro teria tido papel importante em convencer Trump a aplicar essas taxas para tentar evitar que o Brasil prossiga com processos contra seu pai.

Bolsonaro também criticou Lula, dizendo que este constantemente provoca o governo dos EUA, mesmo tendo apoiado a candidata democrata à vice-presidência, Kamala Harris, nas últimas eleições, ganhas por Trump. Ele questiona se Lula espera receber tratamento cordial.

O ex-presidente defende que o Brasil deve manter diálogo aberto com os Estados Unidos para minimizar os efeitos negativos das tarifas sobre a população e os empresários nacionais. Sobre o sistema de pagamentos Pix, citado em investigações americanas por supostas práticas comerciais inadequadas, Bolsonaro defendeu o mecanismo, afirmando que prejudicou os bancos.

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