Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (18/9) revela que 76% dos participantes acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível, deveria desistir de sua candidatura à Presidência da República e apoiar outro nome em 2026.
Essa opinião já predominava em maio deste ano, quando 65% dos entrevistados a compartilhavam. No entanto, a taxa caiu para 62% em junho, voltou a 65% em agosto e agora, após a condenação do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado, subiu para 76%.
Por outro lado, 19% acham que Bolsonaro deve manter a candidatura, enquanto 5% não souberam ou não responderam.
Bolsonaro está proibido de concorrer até 2030, e a condenação relacionado ao golpe deve estender esse período. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente, por quatro votos a um, a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Outros sete réus também receberam penas variadas.
Sucessão
A pesquisa perguntou se Bolsonaro deve concorrer novamente, e se não, quem deveria sucedê-lo. Apenas 19% querem que ele dispute. Entre possíveis sucessores, os mais citados foram:
- Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo (Republicanos), com 15%;
- Ratinho Júnior, governador do Paraná (PSD), com 9%;
- Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama (PL), com 5%;
- Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul (PSD), com 3%.
Filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), receberam 1% das menções cada.
Percepção política
Outra pergunta da pesquisa revela que 49% têm mais receio do retorno de Bolsonaro ao poder, um aumento de 2 pontos percentuais desde agosto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu 41%, também com aumento de 2 pontos. Cinco por cento temem ambos, 2% não temem nenhum dos dois, e 3% não souberam responder.
Detalhes da pesquisa
Realizado entre 12 e 14 de setembro com 2.004 pessoas a partir de 16 anos, o estudo usou entrevistas presenciais domiciliares. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para um nível de confiança de 95%.