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quinta-feira, 27/11/2025




Bolsonaro afirma que prisão ocorreu sem irregularidades

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Em Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou em audiência de custódia realizada na quarta-feira (26/11) que não houve abuso ou irregularidade na sua detenção, relacionada a uma sentença de 27 anos e 3 meses por envolvimento em uma conspiração golpista. A audiência ocorreu às 14h15min por videoconferência, conduzida pela juíza auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, Flávia Martins de Carvalho.

Ao ser questionado sobre o tratamento recebido durante a prisão, Bolsonaro respondeu: “Não houve qualquer abuso ou irregularidade por parte das autoridades policiais responsáveis pelo cumprimento do mandado de prisão emitido nos autos da AP 2.668, e que ele se submeteu a exames médicos forenses. A prisão foi realizada em 25/11/2025 na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, onde ele permaneceu preso preventivamente”, conforme consta no registro da audiência.

O ex-presidente também destacou seu estado de saúde, mencionando ter sido diagnosticado com diversas enfermidades que requerem cuidados especiais, incluindo refluxo, apneia do sono, necessidade de uma dieta específica e uso de cinco medicamentos contínuos, conforme atestados presentes nos processos judiciais.

Outros cinco réus que começaram a cumprir suas penas também passaram por audiência de custódia no dia 25/11. Após análise, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a prisão deles: Anderson Torres, almirante Almir Garnier, general Paulo Sérgio Nogueira, general Augusto Heleno e general Braga Netto. As sessões foram realizadas por videoconferência.

Bolsonaro iniciou o cumprimento de sua pena, inicialmente em regime fechado, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, sob condenação por organização criminosa armada, tentativa de desmantelamento do Estado Democrático, golpe de Estado, dano com violência e graves ameaças e danos ao patrimônio público.

Na terça-feira, o STF declarou o julgamento final e sem possibilidade de recursos para Jair Bolsonaro e outros réus envolvidos no núcleo principal da operação golpista, determinando que ele permaneça detido no mesmo local.

Antes desta prisão, o ex-presidente estava detido em sua residência por outro processo relacionado à coação contra o sistema judiciário. Em 22 de novembro, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva por considerar que havia risco de fuga, a pedido da Polícia Federal. Bolsonaro havia violado a tornozeleira eletrônica, alegando que o fez apenas por curiosidade, utilizando um ferro de solda no equipamento.




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