Jair Bolsonaro, ex-presidente e atual membro do PL, revelou à equipe de escolta da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) que utilizou um ferro quente para tentar danificar a tornozeleira eletrônica.
Essas informações foram incluídas em um documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no sábado, 22 de novembro. Em um vídeo, Bolsonaro aparece admitindo a ação. Ele está preso preventivamente.
Interrupção da tornozeleira
Conforme notificado à Suprema Corte, a diretora do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica, Rita Gaio, explicou que o sistema disparou um alerta indicando a violação do dispositivo às 00h07.
De imediato, a equipe de escolta próxima à residência do monitorado foi avisada, assim como a administração da unidade prisional. Os agentes de segurança fizeram contato com Bolsonaro. A própria Rita Gaio se dirigiu até o local. Ao entrar, constatou que a tornozeleira não exibiu sinais de queda elétrica, uma justificativa inicial dada por Bolsonaro.
“O equipamento demonstrava marcas evidentes e significativas de danos. Havia queimaduras ao redor de toda a área de fechamento do dispositivo”, relatou Rita Gaio.
Ao ser questionado, Bolsonaro confessou ter usado um ferro quente para tentar abrir o equipamento. Após o incidente, a tornozeleira foi trocada e Bolsonaro teve permissão para voltar ao descanso.
