O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, divulgou uma decisão recente afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro admitiram claramente ações ilegais para pressionar e impedir o trabalho da Justiça brasileira. Por isso, foram impostas medidas restritivas a Bolsonaro.
Eles são acusados de coagir durante processos legais, atrapalhar investigações relacionadas a grupos criminosos e tentar derrubar a ordem democrática do país.
Conforme a decisão, Bolsonaro deve ficar em casa das 19h às 6h nos dias úteis e o tempo todo nos finais de semana e feriados. Também será monitorado com tornozeleira eletrônica e proibido de manter contato com embaixadores, autoridades estrangeiras ou se aproximar de embaixadas e consulados.
Estas medidas foram pedidas pela Polícia Federal com aval da Procuradoria-Geral da República.
Segundo o ministro, as ações dos dois são evidentes, feitas abertamente por meio de redes sociais, entrevistas e declarações à imprensa.
A decisão cita publicações de Eduardo Bolsonaro no Twitter e declarações em canais como a CNN, onde ele defende a taxação imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
Trump classificou sua medida como uma resposta às perseguições feitas a Bolsonaro.
“As ações de Jair Messias Bolsonaro mostram que ele, junto com seu filho Eduardo Nantes Bolsonaro, age de forma ilegal e consciente para tentar dominar o Supremo Tribunal Federal através de ações ilegais e negociações duvidosas, obstruindo a Justiça e buscando pressionar a corte no julgamento do processo AP 2.668/DF.”
A ação penal número 2668 envolve Bolsonaro e mais sete aliados, entre militares e civis. Eles são acusados de liderar uma tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder após perder as eleições.
Informações da Agência Brasil.