Após o governo dos Estados Unidos retirar, na última sexta-feira (12/12), as penalidades impostas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e à sua esposa, Viviane Barci de Moraes, com base na Lei Magnitsky, seguidores do bolsonarismo expressaram indignação contra o presidente norte-americano Donald Trump nas redes sociais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia solicitado ao presidente dos EUA a remoção das sanções contra autoridades brasileiras. Com a melhoria nas relações entre os dois líderes, o governo brasileiro esperava uma resposta favorável.
Nas redes sociais do presidente Trump, brasileiros mostraram-se contrariados com a decisão, deixando comentários no Instagram como: “Deixando de seguir, tchau”, “Jogo acabou para o Brasil”, “Por quê? Por quê?”, “Por que tirou as sanções de Moraes?” e “Cedeu para o Alexandre de Moraes”.
Um internauta afirmou: “Retirou as penalidades contra o Alexandre de Moraes enquanto ele persegue, tortura e prende pessoas aqui no Brasil? Você perdeu nosso respeito!”.
Outro usuário disse: “Achei que você fosse firme! Que não voltaria atrás na sua palavra. Enfim, só sigo quem admiro”.
A lei Magnitsky foi aplicada contra Moraes e sua esposa após ameaças feitas pelo governo de Donald Trump devido à atuação do ministro do STF como responsável pela ação relacionada à trama golpista que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
Moraes foi sancionado em julho, e Viviane e a empresa da família, o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, sofreram sanções em setembro deste ano.
Com razões políticas, a Casa Branca adotou medidas em retaliação à prisão de Bolsonaro.
A Lei Magnitsky é usada pelos EUA para penalizar estrangeiros acusados de violações dos direitos humanos. Entre as punições estão o congelamento de bens e contas nos Estados Unidos, a proibição de entrada no país e a proibição de realizar negócios com empresas americanas, incluindo instituições financeiras.

