A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar na terça-feira (8/9) o julgamento que investiga uma ação penal envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados, suspeitos de arquitetar um plano para anular o resultado das eleições de 2022. Na véspera dessa etapa do julgamento, militantes se reúnem em vigília próximo ao Condomínio Solar, em Brasília (DF), onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar.
É a segunda semana consecutiva que os apoiadores se concentram nas imediações da residência do ex-presidente, mantendo a vigília durante o andamento do julgamento no STF.
Na próxima terça-feira (9/9), o julgamento será retomado com o voto do ministro Moraes. Em um pronunciamento extenso, ele deve dedicar cerca de quatro horas para apresentar fatos, sugerir penas ou absolvições para os oito réus, além de responder às defesas e analisar questões processuais preliminares relacionadas ao caso.
O relator detalhará o papel específico de cada acusado dentro da suposta trama, conforme apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Será avaliado se as provas são suficientes para condenar e se devem ser aplicadas agravantes que aumentem as penas. Bolsonaro é apontado como o líder da organização criminosa, o que pode resultar em um aumento da duração da sentença.
Todos os oito réus são suspeitos de ações contra a ordem democrática. Sete membros do grupo próximo a Bolsonaro respondem por cinco crimes diferentes, sendo que o deputado federal Alexandre Ramagem (PL) está envolvido em três deles.