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quarta-feira, 25/06/2025




Bolsonarista pede ao Congresso dos Estados Unidos sanções contra Moraes em 30 dias

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Julia Chaib
Washington, EUA (FolhaPress) – O ex-comentarista da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, solicitou nesta terça-feira (24) à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos que recomende punições econômicas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no prazo de 30 dias.

Figueiredo, residente nos EUA há uma década, repetiu a alegação de que Moraes ultrapassa suas atribuições e viola os direitos de cidadãos em território americano, numa nova ação contra o magistrado. Ele participou como testemunha de uma sessão do colegiado que ouviu outras cinco pessoas de diversas nacionalidades acerca de supostas violações transnacionais praticadas por agentes de seus países.

“Os Estados Unidos dispõem de mecanismos eficientes, como a Lei Magnitsky. Peço que recomendem sanções a Moraes nos próximos 30 dias”, afirmou o ex-comentarista.

O depoimento ocorreu diante do co-presidente da comissão, o democrata James P. McGovern, em uma sessão com baixa participação de congressistas.

O testemunho de Figueiredo integra um movimento de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para que a Casa Branca tome medidas contra o ministro do Supremo. O filho do ex-presidente chegou a se licenciar do mandato na Câmara para residir nos Estados Unidos.

Os bolsonaristas esperam que o presidente Donald Trump aprove sanções econômicas contra o ministro, o que ainda não foi confirmado.

Figueiredo chamou Moraes de “ditador disfarçado de juiz” e mencionou outras pessoas em solo americano que foram alvos do ministro, como o bolsonarista Allan dos Santos, além de Elon Musk, proprietário do X (ex-Twitter), e Chris Pavlovski, CEO do Rumble.

“Atualmente, Moraes me ataca, dizendo que sou fugitivo. Ele afirma que possui um mandado secreto contra mim, embora eu nunca tenha sido formalmente condenado e desconheça se meu nome consta na Interpol”, declarou na comissão.

Moraes mencionou a existência do mandado de prisão em sessão do STF e afirmou que o ex-comentarista está foragido.

Figueiredo foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta participação em um plano golpista para impedir a posse do presidente Lula (PT). Antes disso, já havia sido investigado e teve seu passaporte cancelado por Moraes.

Este foi o segundo depoimento de Figueiredo à comissão, a primeira vez foi no ano anterior. Desta vez, afirmou que, caso os Estados Unidos não tomem providências contra Moraes, o Brasil poderá se transformar em uma Venezuela, referindo-se a um regime autoritário, em contraste com a democracia vigente no país.




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