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terça-feira, 23/09/2025

Bolívia reconhece que fez vistoria em avião do ministro da Defesa do Brasil

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O ministro da Defesa da Bolívia, Rubén Saavedra, reconheceu, em nota oficial, que foi feita vistoria em avião do ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, em 2011. O ato provocou protestos e cobranças de explicações do governo brasileiro. Para o governo da Bolívia, o impasse foi superado, mas para isso houve várias reuniões com autoridades brasileiras. Os bolivianos prometem punir “excessos” cometidos nos aeroportos do país.

A ministra das Comunicações da Bolívia, Amanda Davila, também se manifestou sobre o tema. O Ministério das Relações Exteriores da Bolívia informou que militares fizeram buscas na aeronave brasileira porque houve denúncias que drogas estavam escondidas no avião. As autoridades bolivianas negam que a ação ocorreu na tentativa de verificar se o senador de oposição Roger Pinto Molina estava na aeronave de Amorim.

Pinto Molina está abrigado na Embaixada do Brasil na Bolívia há 13 meses e aguarda salvo conduto para deixar a representação diplomática e asilar-se em território brasileiro. Mas as autoridades bolivianas se recusam a emitir o documento, alegando que o parlamentar responde a processos judiciais no país. A vistoria à aeronave de Amorim gerou mal-estar entre Brasil e Bolívia. A ministra boliviana admitiu que houve “série de reuniões bilaterais e o impasse foi superado”.

“O governo boliviano lamenta os incidentes ocorridos no segundo semestre do 2011 envolvendo ações de operativos da Força Especial de Luta contra o Narcotráfico da Bolívia em aviões da Força Aérea Brasileira [FAB]”, disse Amanda Davila. No Brasil, o Ministério da Defesa divulgou nota há dois dias lamentando o que ocorreu com a aeronave de Amorim e informando não aceitar tal procedimento.

“No documento, a embaixada informou que a repetição de tais procedimentos abusivos levaria à aplicação, pelo Brasil, do princípio da reciprocidade. Desde o envio da nota, a FAB não registrou novos episódios de vistorias em suas aeronaves por autoridades bolivianas”, diz o texto.

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