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terça-feira, 26/08/2025

Boate Kiss: defesas dos condenados pedem redução de pena ou novo julgamento

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O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) realiza nesta terça-feira (26/8) a análise dos recursos apresentados pelas defesas dos quatro condenados pelo incêndio na boate Kiss: os sócios do local Elissandro Callegaro Spohr (Kiko) e Mauro Londero Hoffmann; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos; e o ajudante da banda Luciano Bonilha Leão.

Resumo do caso

O incêndio ocorreu na madrugada de 27 de janeiro de 2013, na cidade de Santa Maria (RS). Na tragédia, 242 pessoas perderam a vida e 636 ficaram feridas.

O fogo teve início possivelmente por um artefato pirotécnico acionado pelo vocalista Marcelo de Jesus dos Santos. A maioria das vítimas morreu devido à asfixia provocada pela fumaça tóxica, gerada pelo contato do fogo com espuma que revestia o teto do palco.

O espaço da boate não possuía saída de emergência, o que impediu a fuga e causou muitas mortes pela fumaça e fogo.

A apelação que está sendo julgada hoje analisa o mérito do processo, podendo resultar em três alternativas: encaminhamento para novo júri, confirmação das condenações do júri de dezembro de 2021, ou alteração das penas.

As penas atualmente aplicadas são:

  • Sócio Elissandro Callegaro Spohr: 22 anos e 6 meses
  • Sócio Mauro Londero Hoffmann: 19 anos e 6 meses
  • Vocalista Marcelo de Jesus dos Santos: 18 anos
  • Ajudante da banda Luciano Bonilha Leão: 18 anos

A sessão começou às 9h e é conduzida pela 1ª Câmara Criminal Especial. Cada defesa terá 15 minutos para suas alegações orais, com expectativa de que a sessão se estenda até o final da tarde.

Linha do tempo dos acontecimentos

  • 2013: incêndio na boate em Santa Maria com 242 mortos e mais de 600 feridos.
  • 2019: os quatro acusados – dois sócios da boate e dois músicos – são levados a júri popular.
  • Dezembro de 2021: júri em Porto Alegre condena os réus com penas entre 18 e 22 anos.
  • Agosto de 2022: TJRS anula julgamento devido a irregularidades na seleção dos jurados e mudanças na acusação.
  • Setembro de 2023: ministro Dias Toffoli, do STF, aceita recursos contra a anulação do júri.
  • Fevereiro de 2024: Segunda Turma do STF decide pelo restabelecimento das condenações e prisões.
  • Abril de 2024: Toffoli vota contra novos recursos das defesas, mantendo as condenações.
  • 2025: o caso volta a ser discutido em função dos recursos das defesas, que questionam a validade do júri de 2021.

Os recursos permanecem pendentes porque as defesas alegam irregularidades como falhas na seleção dos jurados e mudanças na acusação, argumentos que já foram levantados anteriormente no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Essa fase de tramitação é a última oportunidade das defesas para contestar formalmente as sentenças judiciais relacionadas ao incêndio da boate Kiss.

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