O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou em 20 de junho, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima 2025 (COP30) em Belém, que aprovou o primeiro projeto da chamada pública BNDES Corais. Esta iniciativa faz parte do programa BNDES Azul, lançado em janeiro de 2024, que visa apoiar o uso sustentável dos recursos marinhos, costeiros e aquáticos no Brasil.
Com um investimento total de R$ 11,1 milhões, incluindo um apoio não reembolsável de R$ 5,5 milhões do Fundo Socioambiental do BNDES, o projeto Ser Corais pretende mapear e monitorar 2.800 km da costa brasileira. O objetivo é implementar soluções para proteger os recifes de corais, tais como controlar espécies invasoras, incentivar o turismo comunitário gerando renda local, evitar a pesca ilegal e promover a recuperação destes ecossistemas.
De acordo com Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, “a aprovação desse projeto é uma importante vitória para o BNDES Azul, que é uma prioridade do banco no governo do presidente Lula. Estamos tornando realidade a maior chamada voltada para a conservação dos corais no país.”
Nesta primeira etapa, a chamada pública BNDES Corais disponibilizará mais de R$ 160 milhões, incluindo R$ 88 milhões do Fundo Socioambiental do BNDES, para fortalecer a resistência dos recifes brasileiros contra impactos humanos e mudanças climáticas, além de melhorar a qualidade da água das bacias que alimentam os corais.
O projeto atuará nas principais áreas de recifes do Brasil, abrangendo o Parcel Manoel Luís, em Cururupu no Maranhão, e o Arquipélago de Abrolhos, em Caravelas, Bahia. Também contemplará os recifes rasos do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Bahia e Espírito Santo.
Espera-se gerar 34 empregos durante a implantação e 126 vagas permanentes após a finalização dos trabalhos.
Estadão Conteúdo
