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sábado, 23/08/2025

BNDES libera R$ 10 bilhões extras para empresas pouco impactadas por tarifaço

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Em Brasília

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, informou na última sexta-feira (22/8) que serão disponibilizados R$ 10 bilhões adicionais em linhas de crédito para as empresas menos afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos, somando-se aos R$ 30 bilhões anunciados anteriormente pelo governo federal.

Essas novas linhas de crédito serão direcionadas para empresas cujo impacto no faturamento seja inferior a 5%, enquanto os R$ 30 bilhões são destinados às empresas mais afetadas, que sofreram quedas superiores a 5%. Mercadante também afirmou que a liberação do crédito deve começar em 15 de setembro.

“A orientação do presidente Lula é que ninguém seja deixado para trás”, destacou ele. Segundo Mercadante, o objetivo do governo é preservar as empresas e, principalmente, os empregos.

Linhas de Crédito do BNDES

  • Giro Emergencial Complementar: financiamento para despesas operacionais gerais.
    Taxa de juros (LCD): 1,15% ao mês + spread bancário.
    Prazo: até cinco anos, incluindo carência de até um ano.
  • Giro Diversificação Complementar: financiamento para exploração de novos mercados.
    Taxa de juros (FAT Cambial): 0,29% ao mês + variação do dólar + spread bancário.
    Prazo: até sete anos, incluindo carência de até um ano.

Mercadante ressaltou que as linhas de crédito do BNDES estão prontas e disponíveis, reforçando que todas as empresas afetadas terão acesso ao crédito necessário.

Plano anunciado pelo governo

O plano Brasil Soberano apresentado na semana anterior prevê uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para as exportadoras, além do fortalecimento do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) e a implementação de mecanismos para facilitar e garantir a abertura a novos mercados, especialmente para pequenos exportadores.

Segundo a Medida Provisória, os financiamentos poderão ser utilizados para:

  • Capital de giro para produtores e empresas exportadoras impactados pelas tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos;
  • Aquisição de bens de capital ou investimentos para adaptar atividades produtivas dos exportadores afetados;
  • Investimentos que aumentem a densidade da cadeia produtiva, visando ampliar exportações e abrir novos mercados para produtos e serviços brasileiros;
  • Investimentos em inovação tecnológica ou adaptação de produtos, serviços e processos para expandir exportações e acessar novos mercados;
  • Outras ações relacionadas ao financiamento do comércio exterior, incluindo fornecedores, conforme ato conjunto dos ministros da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Os recursos virão do superávit do Fundo Garantidor à Exportação (FGE), que atualmente possui saldo positivo de R$ 50 bilhões, dos quais R$ 30 bilhões serão destinados ao financiamento das indústrias prejudicadas pelas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump.

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