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domingo, 28/12/2025

bndes aprova financiamento para caminhões a biometano

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NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o primeiro financiamento do Fundo Clima para a aquisição de caminhões que utilizam biometano, uma solução brasileira para reduzir a poluição no transporte de cargas.

Foi firmado um contrato de R$ 432 milhões com a Loga (Logística Ambiental de São Paulo), parte do Grupo Solvi, que lida com a gestão de resíduos sólidos na cidade de São Paulo. O acordo prevê a aquisição de 84 caminhões, além de investimentos em sistemas de coleta, tratamento e geração de energia.

Este é o maior investimento do banco no segmento de resíduos sólidos até hoje. Os recursos vêm do Fundo Clima, do Finem e da primeira operação do programa Eco Invest, que apoia iniciativas relacionadas à bioeconomia e indústrias sustentáveis. Parte do valor será obtida através de debêntures incentivadas organizadas pelo próprio BNDES.

A Loga, responsável por coletar 6.000 toneladas de lixo diariamente na zona noroeste de São Paulo, vai montar uma nova unidade de transbordo no Jaguaré, modernizar a Ponte Pequena, além de ampliar a garagem e os equipamentos de coleta.

A empresa também vai instalar uma usina solar de 2,5 MW para diminuir o consumo de energia proveniente da rede pública.

O uso de caminhões movidos a biometano está crescendo entre companhias brasileiras que desejam diminuir a emissão de poluentes. Esse combustível, produzido a partir do lixo ou resíduos animais, pode cortar até 90% das emissões em comparação ao diesel convencional.

“O maior projeto do BNDES para financiar a gestão de resíduos sólidos urbanos reforça a economia circular na cidade de São Paulo e apoia a redução da emissão de gases poluentes através do Eco Invest, um programa do governo do presidente Lula focado na bioeconomia e indústrias verdes”, declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

A possibilidade de financiar frotas mais sustentáveis pelo Fundo Clima foi confirmada em julho, com a inclusão do biocombustível no Plano Anual de Aplicação do fundo, que dispõe de R$ 11,2 bilhões para empréstimos a juros de 6,5% ao ano (mais 1,3% de taxa do BNDES).

Essa medida busca diversificar os usos do fundo, que atualmente está muito concentrado em projetos de energias renováveis, que pouco contribuem para reduzir as emissões brasileiras de gases do efeito estufa, já que a matriz energética do país é limpa.

O setor de transporte é responsável por pouco mais de 10% das emissões nacionais e enfrenta o desafio de reduzir a poluição especialmente dos veículos pesados.

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