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segunda-feira, 03/11/2025




BNDES abre edital para investir até R$ 1 bilhão em fundos indexados

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JÚLIA MOURA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta quarta-feira (29) um edital para escolher até cinco fundos de índice (ETFs) de ações, renda fixa ou mistos, para investir até R$ 200 milhões, com limite máximo de 50% do patrimônio do fundo investido pelo banco.

As inscrições estarão abertas até 5 de dezembro e o resultado será divulgado até março de 2026. A expectativa é que durante 2026 o investimento chegue a R$ 1 bilhão nessa categoria.

Segundo o BNDES, esse aporte faz parte da estratégia de retomar investimentos em renda variável, por meio da sua subsidiária BNDES Participações (BNDESPar).

Os ETFs são fundos que acompanham índices de mercado, como o Ibovespa, e suas cotas são negociadas em bolsa, assim como ações.

O banco dará preferência para fundos que estejam em fase inicial ou recém-criados e que somem ao portfólio do BNDESPar. Na avaliação serão considerados a experiência do gestor, histórico, taxas de administração e a proximidade com o índice que o fundo replica — quanto menor a taxa e mais próximo do índice, melhor.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, afirma que essa iniciativa reconhece a importância dos ETFs como uma importante ferramenta de investimento com grande potencial de crescimento no Brasil.

Ele acrescenta que é papel do banco público apoiar o fortalecimento e a democratização do mercado financeiro, contribuindo para o avanço da reindustrialização e inovação, prioridades do governo do presidente Lula.

Esse não é o primeiro incentivo do BNDES ao mercado de ETFs. Em 2004, o banco criou o PIBB11, o primeiro fundo de índice brasileiro, que acompanha as 50 ações mais negociadas no Ibovespa.

Em 2012, foi criado o ECOO11, ligado ao Índice Carbono Eficiente (ICO2). Em 2024, o banco investiu R$ 40 milhões no DVER11, ETF focado em empresas com diversidade nos quadros de funcionários, considerando gênero, raça e origem indígena.

O que são ETFs

ETFs são fundos que replicam índices financeiros. São investimentos passivos, por isso costumam ser mais baratos que fundos tradicionais. Também têm maior liquidez, pois suas cotas são negociadas na B3, facilitando comprar e vender.

Além disso, os ETFs não têm a antecipação semestral do imposto de renda chamada “come-cotas” e não cobram IOF em resgates realizados antes de 30 dias.

Apesar do potencial, os ETFs ainda têm participação pequena no Brasil. O BNDES quer incentivar o crescimento desse tipo de investimento.

Como investir em índices?

Comprando cotas de fundos passivos ou ETFs através da sua corretora.

Para quem é indicado?

Especialistas recomendam investimentos em índices para todos os perfis, desde que adequado ao nível de risco do investidor. Investidores conservadores devem evitar exposição em renda variável.

Quanto custa?

As cotas de ETFs e fundos passivos costumam ser vendidas a partir de R$ 100. As taxas de administração variam geralmente entre 0,1% e 0,3% ao ano.

Nos fundos passivos, existe o come-cotas e o imposto de renda segue tabela regressiva, diminuindo conforme o tempo do investimento.

Nos ETFs de ações, o IR é de 15%, ou 20% para operações day trade. O imposto deve ser recolhido com a emissão de documento Darf.

Já nos fundos de renda fixa, a alíquota de IR varia conforme o prazo médio dos títulos do índice, sendo 25% para até 180 dias, 20% entre 181 e 720 dias e 15% para mais de 720 dias, independentemente do tempo de permanência do investidor.




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