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Blockchain ainda é a melhor opção para investir em cripto

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Entre 2020 e 2021, as plataformas de contratos inteligentes apresentam uma performance surpreendente, e uma nova narrativa foi criada para que esse fato se repita no próximo ciclo de alta

Os contratos inteligentes criam aplicações em que pessoas podem interagir sem a necessidade de intermediários (Getty Images/Yuichiro Chino)

As plataformas de contratos inteligentes são o “alicerce” do mercado cripto, elas fornecem a infraestrutura necessária para que aplicações como finanças descentralizadas, games, NFTs, redes sociais e diversos outros casos de uso, ainda não explorados, possam ser construídos.

Elas são plataformas de código aberto que permitem que qualquer pessoa possa de forma anônima e livre possa programar códigos de computador que chamamos de “contratos inteligentes”. Os contratos inteligentes, por sua vez, criam aplicações em que pessoas podem interagir sem a necessidade de intermediários, como bancos ou empresas de streaming.

O Bull market do mercado cripto em 2020 e 2021 foi capitaneado por plataformas de contratos inteligentes, ativos como Solana, Fantom, Cardano e Avalanche fecharam o ano com valorização expressiva, enquanto setores como Defi, moedas e Web3 apresentaram dificuldade de sustentar os ganhos no decorrer do ano. Esse valorização decorreu de alguns fatores, que ainda estão acontecendo e de forma mais exponencial que em 2021, tais fatores sustentam a minha tese de que 2022 será mais um ano em que as plataformas de contratos inteligentes serão responsáveis pelas melhores performances.

1 – Evolução da tecnologia para o início da adoção em massa

As plataformas de contratos inteligentes encontraram diversos gargalos conforme a adoção foi aumentando. Hoje, a Ethereum, principal plataforma do mercado, encontra dificuldades para absorver a demanda dos usuários devido a sua baixa capacidade de escalabilidade, o que tem causado aumento nas taxas e inviabilizado a sua utilização por pessoas comuns, porém, uma grande atualização que ocorrerá esse ano, entitulada “THE MERGE” preparará a rede para se comunicar com tecnologias conhecidas como “rollups”, e também, para a implantação de “shadings”, ambos mecanismos irão proporcionar maior escalabilidade a rede. Além de escalabilidade, a “THE MERGE” irá melhorar a eficiência energética da rede em mais de 99% e diminuirá a oferta de tokens em 90%.

 Enquanto a Ethereum cuida de problemas de escalabilidades, outras plataformas que não possuem esse problema, como Solana e Avalanche, avançam com novas tecnologias e parcerias que contribuem para uma nova fase de adoção em massa.

 Recentemente, Solana tem recebido a atenção de grandes players do universo de games como a Krafton (estúdio criador do jogo PUBG), que firmou parceria comercial para apoio e construção de games play to earn dentro da sua blockchain. A Solana labs anunciou no mês de fevereiro o “Solana Pay” plataforma que permitirá que comerciantes façam transações em “tempo real” utilizando stablecoins como USDC.

 O blockchain Avalanche tem construído um novo produto chamado “subnets”, que são redes customizáveis que prometem ser mais seguras, rápidas e com baixas taxas. Essas blockchains devem servir principalmente para protocolos e empresas que precisam construir rapidamente em um ambiente confiável, customizável e escalável. No último ano, a Avalanche fechou uma parceria com a Deloitte, gigante do setor de auditoria, seguros e gestão de riscos que usará o blockchain Avalanche para melhorar a aplicação utilizada por órgãos governamentais americanos no controle de registros e ressarcimentos de desastres naturais.

 Ainda existe um gargalo muito importante relacionado a segurança das blockchains, frequentemente “pontes” entre blockchains são alvos de ataques que resultam em ‘hacks’ de bilhões de dólares, como a ocorrida na “ronin”, uma sidechain do game Axie inifinity, a solução desses gargalos de segurança também devem resultar em uma grande destrava de valor para as plataformas de contratos inteligentes. Nesse campo, projetos Polkadot e Cosmos, que atuam como “blockchains para blockchains”, tem avançado rapidamente em gerar soluções mais seguras.

2 – Entrada de dinheiro institucional

 Nos últimos anos somente o bitcoin despertava interesse institucional, porém com o avanço da tecnologia e diversos casos de uso real, esse panorama tem mudado. O flerte de grandes players institucionais com plataformas de contratos inteligentes tem se tornado cada dia mais intenso. O CEO da SoFi, Anthony Noto, afirmou que as empresas que não reconhecem os benefícios do blockchain podem ser “deixadas para trás”.

 Em 2021 o banco de investimentos Goldman Sachs enviou um relatório aos clientes indicando que o ether, deve superar o Bitcoin como reserva de valor. Seguindo uma narrativa parecida, a JP Morgan disse que com aumento global das taxas de juros, Ethereum será um investimento melhor do que Bitcoin, pelo fato da plataforma de contratos ter mais casos de uso.

 As plataformas de contratos inteligentes podem em breve ter contratos futuros disponíveis na Chicago Mercantile Exchange (CME), afirmou um executivo da empresa. Recentemente foi criado o primeiro ETF de plataformas de contratos inteligentes do Brasil, que apesar de ter uma composição ruim, aponta para a demanda de custódia segura para essa classe de ativo.

 Em minha opinião, as plataformas de contratos inteligentes serão os próximos alvos do dinheiro institucional, conforme elas avançam em tecnologia, UX e segurança, novas formas de custódia segura e regulamentada vão surgindo e facilitando a adoção institucional.

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