As vendas durante a Black Friday deste ano, que acontece na última sexta-feira de novembro, devem alcançar um valor recorde de R$ 5,4 bilhões, o maior desde que se começou a registrar esses números em 2010. Essas informações foram divulgadas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Se esse valor se confirmar, representará um aumento de 2,4% em comparação com as vendas da mesma data de 2024.
José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, afirmou que mesmo com a economia do país passando por incertezas e as famílias brasileiras com altos níveis de dívidas, as vendas na Black Friday vão crescer.
De acordo com a CNC, o alto endividamento das famílias, a inadimplência e o crédito mais caro dificultam um aumento maior nas vendas. Por outro lado, a valorização do real e o desemprego baixo favorecem a compra de produtos.
Nos últimos 12 meses, o dólar caiu 8,3% em relação ao real, estando atualmente abaixo de R$ 5,30, o que melhora o poder de compra dos consumidores. Além disso, o mercado de trabalho está mais forte, com menos desemprego, aumentando a movimentação no comércio.
Para esta edição da Black Friday, 68% das vendas devem acontecer em hipermercados e supermercados (R$ 1,32 bilhão), eletrônicos e utensílios domésticos (R$ 1,24 bilhão) e móveis e eletrodomésticos (R$ 1,15 bilhão). Também se destacarão os setores de roupas e acessórios (R$ 0,95 bilhão) e farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 0,38 bilhão).
A CNC destaca que a Black Friday é a quinta data mais importante para o comércio varejista, ficando atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.
Foi feito um levantamento diário de preços em 150 produtos, divididos em 30 categorias, durante os últimos 40 dias para medir os descontos que devem acontecer durante a Black Friday.
Essa análise apontou que 70% das categorias terão descontos reais, com maiores quedas nos preços de papelaria (-10,14%), livros (-9,02%), joias e bijuterias (-9,01%), perfumaria (-8,20%), utensílios domésticos (-8,18%) e produtos de higiene pessoal (-8,11%).
