O Bitcoin está em queda nesta terça-feira (11), afetado por preocupações sobre as relações comerciais entre Estados Unidos e China. Os investidores também estão atentos às expectativas de reabertura do governo americano, dados ruins do mercado de trabalho dos EUA e à pressão no setor de tecnologia em Nova York.
Por volta das 16h43 (horário de Brasília), o Bitcoin caía 2,52%, alcançando US$ 103.136,09, enquanto o Ethereum recuava 2,87%, para US$ 3.451,54, conforme dados da Coinbase.
De acordo com o Tickmill Group, o ambiente das criptomoedas mudou após o Wall Street Journal revelar que a China pretende impedir o acesso dos militares norte-americanos a ímãs feitos de terras raras.
Patrick Munnelly, do Tickmill, comenta que essa decisão aumentou os receios de que a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo possa piorar, mesmo com avanços para resolver a paralisação histórica do governo em Washington, levando investidores a evitarem ativos mais voláteis.
A queda ocorre após o Bitcoin ter atingido sua máxima semanal durante a madrugada, impulsionada por expectativas de uma possível solução para a paralisação do governo dos EUA.
Na segunda-feira (10), o Senado aprovou um projeto orçamentário que pode encerrar o shutdown mais longo da história do país, que causou falta de dados econômicos essenciais. Agora, o projeto segue para votação na Câmara.
Greg Magadini, diretor de derivativos da Amberdata, afirma que assim que a paralisação acabar, os mercados devem voltar a focar na liquidez. Segundo ele, a abundância de liquidez tem ajudado o Bitcoin a se manter como uma alternativa às moedas tradicionais e ao ouro como proteção contra a perda de valor dessas moedas.
