O governo federal vai começar a pedir a biometria para quem quiser receber benefícios sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A implantação será feita devagar, conforme o Decreto nº 12.561/2025, que passa a valer 120 dias após a publicação oficial. O objetivo é garantir que só quem tem direito receba o auxílio, evitando fraudes.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), não é preciso correr para os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou agências da Caixa Econômica Federal. O cadastro da biometria, que inclui digitais e reconhecimento facial, será feito por etapas. Primeiro, quem se inscrever nos programas pela primeira vez. Os beneficiários antigos serão chamados aos poucos, seguindo um cronograma divulgado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
A coleta da biometria poderá ser feita no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e em postos parceiros. É importante manter os dados atualizados no Cadastro Único (CadÚnico), que agora precisa ser renovado a cada dois anos, para evitar bloqueios no benefício.
Outra mudança importante é no cálculo da renda para o BPC. A renda de parceiros que não moram junto com o beneficiário não será mais considerada. O INSS também vai verificar os dados com outros órgãos, como a Receita Federal e bancos, para pegar informações incorretas.
O MDS garante que todos os beneficiários serão avisados antes de serem convocados para fazer o cadastro biométrico. A orientação é desconfiar de mensagens ou chamadas que peçam dados pessoais ou agendamento imediato. Essa medida é parte do esforço para modernizar o atendimento dos programas sociais, com mais segurança e menos burocracia.