O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, aparece juntamente com o atual presidente Donald Trump na relação de “amigos” do financista Jeffrey Epstein, que faleceu em 2019 e foi acusado de conduta sexual imprópria envolvendo menores, conforme consta no livro de 2003 que compila cartas enviadas por ocasião do aniversário de 50 anos de Epstein.
Segundo relato do Wall Street Journal, “o nome de maior destaque no livro de aniversário de Jeffrey Epstein em 2003 era de um ex-presidente, e não de um futuro presidente”. De acordo com o jornal, a ex-namorada de Epstein, Ghislaine Maxwell, desejava que Clinton e outras figuras públicas enviassem mensagens para presentear o celebrante especial.
A missão foi bem sucedida. O álbum encadernado em couro — preparado antes da primeira detenção de Epstein em 2006 — continha uma página com um parágrafo único escrito com a letra característica de Clinton:
“É reconfortante, não é, ter resistido por tanto tempo, durante todos esses anos de aprendizado e saber, aventuras e [palavra ilegível], e também conservar a curiosidade infantil, a vontade de causar impacto e o apoio dos amigos.”
Quando indagado pelo Wall Street Journal, um porta-voz optou por não fazer comentários sobre a mensagem de felicitações e reafirmou uma declaração prévia segundo a qual o ex-presidente americano havia rompido vínculos há mais de dez anos antes da prisão de Epstein em 2019 e desconhecia suas alegadas práticas ilegais.