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terça-feira, 17/06/2025




Bilionário morre ao engolir abelha durante jogo de polo

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Um bilionário da Índia, Sanjay Kapoor, faleceu na última quinta-feira (12) na Inglaterra depois de engolir uma abelha durante uma partida de polo. Aos 53 anos, ele sofreu uma parada cardíaca causada por um choque anafilático, decorrente de alergia ao inseto.

Não está claro se a abelha foi engolida ou se ele foi picado dentro da boca. Para a médica alergologista Alexandra Sayuri Watanabe, do Departamento Científico de Anafilaxia da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), existem duas possibilidades quando uma pessoa ingere uma abelha.

A primeira ocorre com quem não tem alergia: o inseto pode ferroar a mucosa da boca ou garganta, resultando em inflamação severa. “Isso pode causar inchaço, dificuldade para respirar e até sufocamento devido à obstrução das vias respiratórias”, explica a especialista.

Esse inchaço, no entanto, não é comum de aparecer rapidamente em pessoas não alérgicas, geralmente aumentando gradativamente nas horas e dias seguintes.

Quem não é alérgico e percebe um inchaço local pode usar anti-histamínicos ou corticoides ao primeiro sinal de desconforto.

Alexandra Watanabe ainda destaca que abelhas mortas podem causar irritação e reação alérgica, principalmente em áreas delicadas como as mucosas, pois o veneno é liberado quando o inseto é pressionado.

Abelha viva geralmente pica em defesa, portanto, ao ser ingerida, pode sim ferroar a boca ou garganta, como no caso do indiano.

A segunda situação acontece quando a pessoa é alérgica ao veneno da abelha, ou seja, já possui anticorpos contra ele. Neste caso, a picada pode desencadear sintomas alérgicos na pele, sistema cardiovascular e respiratório, além do trato digestivo, podendo evoluir para choque anafilático.

Em pessoas alérgicas, a reação inclui urticária, coceira intensa, vermelhidão, inchaço nas pálpebras, lábios, orelhas e mãos, e em quadros mais graves, tosse, sensação de aperto no peito, vômitos, dores abdominais, tontura e desmaios.

Apesar de raros, os sintomas graves costumam surgir entre cinco e dez minutos após a picada e podem se intensificar por até duas horas.

“Nessas situações, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente para administração de adrenalina, o medicamento indicado para casos de anafilaxia”, recomenda a médica.




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