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terça-feira, 02/09/2025

Bélgica vai reconhecer Palestina na ONU

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O ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Maxime Prévot (na imagem em destaque), declarou nesta terça-feira (2/9) que o país reconhecerá o Estado da Palestina durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), marcada para os dias 23 a 29 de setembro, em Nova York, Estados Unidos.

Em publicação na rede social X, o ministro afirmou que, além do reconhecimento da Palestina, “sanções rigorosas estão sendo aplicadas ao governo de Israel“.

“Qualquer manifestação antissemita ou exaltação do terrorismo por parte dos apoiadores do Hamas será também veementemente condenada”, enfatizou Prévot.

Reconhecimento do Estado da Palestina

Essa decisão ocorre em meio a críticas intensas ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de Israel, devido ao aumento da violência e da fome na região palestina.

Assim como 147 dos 193 membros da ONU, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou no mês anterior o reconhecimento da Palestina, enquanto o Canadá planeja fazer o mesmo durante esta Assembleia Geral.

A solução de dois Estados, que visa pôr fim ao longo conflito entre judeus e palestinos, também foi apoiada pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Stamer.

Segundo Prévot, “a Bélgica precisou tomar decisões firmes para aumentar a pressão sobre o governo de Israel e os grupos terroristas do Hamas”, em resposta “à violência cometida por Israel, que viola o direito internacional”.

“Não se deseja punir o povo israelense, mas garantir que seu governo cumpra o direito internacional e humanitário e adote medidas para modificar a situação na prática”, ressaltou o ministro.

A Faixa de Gaza enfrenta uma grave crise de fome após o conflito iniciado em 7 de outubro de 2023 entre o Hamas e Israel. O Ministério da Saúde da Palestina reportou 13 mortes nas últimas 24 horas, incluindo três crianças, em decorrência da fome e desnutrição, elevando o total para 361, sendo 130 crianças.

Prévot também informou que 12 sanções severas estão sendo aplicadas em âmbito nacional, incluindo proibição de importação de produtos oriundos dos assentamentos, revisão das políticas de compras públicas relacionadas a empresas israelenses e restrições na assistência consular a cidadãos belgas residentes em assentamentos ilegais segundo o direito internacional.

“A Bélgica unirá forças aos países signatários da Declaração de Nova York, que abre caminho para o estabelecimento de dois Estados e, consequentemente, para o reconhecimento de ambos”, destacou Prévot.

O reconhecimento será realizado em uma ação conjunta da França e da Arábia Saudita, simbolizando um forte compromisso político e diplomático para manter as perspectivas de uma solução com dois Estados.

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