Barrett Brasfield é um bebê americano que nasceu prematuro em junho de 2024 com apenas 450 gramas, surpreendendo médicos e familiares com sua força para sobreviver. Após mais de 400 dias internado na UTI neonatal, ele finalmente foi para casa no dia 14 de julho.
O nascimento de Barrett foi complicado, ocorrendo por cesariana de emergência quando sua mãe, Carli, estava com apenas 26 semanas de gestação. Ele enfrentou graves problemas pulmonares e infecções, que o mantiveram oito meses na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do UAB Hospital, seguido por mais quatro meses na UTIN do Children’s of Alabama.
Em abril de 2025, Barrett passou por uma traqueostomia, um procedimento que cria uma abertura na traqueia para auxílio respiratório, e passou a usar ventilador e sonda para se alimentar. Apesar disso, sua recuperação neurológica e emocional tem sido surpreendente: ele agora ri, brinca, rola, senta e se alimenta, demonstrando uma enorme alegria, impressionando até sua mãe em entrevista.
O que é traqueostomia?
A traqueostomia é um procedimento que cria uma abertura na traqueia para manter as vias aéreas abertas, geralmente por uma incisão no pescoço e o uso de uma cânula (tubo). Ela é indicada em casos de obstrução das vias aéreas, necessidade de ventilação mecânica prolongada, cirurgias na cabeça e pescoço, ou dificuldades em eliminar secreções pulmonares.
Roman, o pai do bebê, expressou sua emoção ao imaginar o momento em que atravessarão juntos a porta de casa. O quarto do bebê foi preparado com muita expectativa para esse momento, que sofreu alguns adiamentos, inicialmente esperado para o outono de 2024 e posteriormente para o Natal.
Um momento marcante foi quando os pais ouviram Barrett chorar pela primeira vez, graças ao uso da válvula Passy-Muir, que permite a passagem de ar pelas cordas vocais em pacientes com traqueostomia.
Com aproximadamente 8 quilos aos 13 meses, Barrett seguirá para casa com suporte médico, incluindo ventilador, traqueostomia e sonda, mas com esperança de se desvincular desses aparelhos após futuras cirurgias.
A história de Barrett é um exemplo de força e resiliência dos bebês prematuros extremos, inspirando a comunidade médica e famílias ao redor, destacando o poder da esperança diante de desafios enormes.