O Banco Central está pedindo projeções para diversas variáveis relacionadas ao mercado de trabalho no Questionário Pré-Copom (QPC) de novembro, divulgado nesta sexta-feira, 24. Este questionário solicita que os participantes estimem a taxa de desemprego, taxa de participação, média real de renda habitual de todos os empregos, população empregada e saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a 2025 e 2026.
Essa questão voltou a fazer parte do questionário depois de ficar de fora na edição de setembro. Com essa inclusão, informações sobre o mercado de trabalho foram solicitadas em quatro dos sete QPCs liberados pelo Banco Central neste ano.
O QPC é enviado aos participantes do Sistema de Expectativas de Mercado, base do Relatório Focus, antes de cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Ele ajuda a reunir dados importantes para decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. As perguntas mudam a cada edição para acompanhar as mudanças no cenário econômico. A próxima reunião do Copom será nos dias 4 e 5 de novembro.
Além das projeções para o mercado de trabalho, neste QPC o Banco Central também pede estimativas para a inflação e seus componentes, taxa de câmbio e a Selic para 2025 e 2026. São solicitadas também projeções de curto prazo para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e médias dos núcleos, além da bandeira tarifária entre dezembro de 2025 e setembro de 2026. O questionário tem um espaço para que os participantes expliquem o viés de suas projeções de inflação e indiquem os dois principais riscos associados. Mantém-se a pergunta sobre o impacto da guerra comercial na inflação do Brasil — se ela é inflacionária, neutra ou desinflacionária.
Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), pedem as projeções para 2025 e 2026, bem como as variações trimestrais do PIB para o terceiro e quarto trimestres deste ano. O questionário também inclui projeções para a atividade econômica e inflação da China, dos Estados Unidos e da Área do Euro, além de uma consulta aos participantes sobre como o ambiente externo evoluiu desde o último Copom, especialmente para economias emergentes. São pedidas projeções para as taxas de juros dos EUA e o impacto da guerra comercial sobre o PIB dos EUA, China e Brasil.
Projeções para variáveis fiscais internas para 2025 e 2026 também são solicitadas. Há ainda uma pergunta sobre a avaliação da situação fiscal desde o último Copom — se piorou, melhorou ou está sem mudanças relevantes.
Como é comum, o Banco Central também questiona os participantes sobre o que acham que o Copom fará nas próximas reuniões e o que deveria ser feito. Além disso, pedem que indiquem o que esperam que o colegiado comunicará sobre análise do cenário econômico, projeções, riscos e condução da política monetária, incluindo possíveis divergências em relação às expectativas sobre as declarações do Banco Central.
Fonte: Estadão Conteúdo
