O Banco Central (BC) lançou nesta segunda-feira (1º/12) uma nova ferramenta gratuita chamada BC Protege+, que visa proteger contra fraudes no sistema financeiro. Essa funcionalidade permite que pessoas físicas e empresas comuniquem ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) que não desejam a abertura de contas ou a inclusão do seu nome como titular ou representante em contas novas.
Essa proteção vale para contas de depósito à vista, poupança e contas pré-pagas. O usuário pode informar que não quer nenhuma conta nova, inclusive em instituições onde já é cliente, ajudando a prevenir fraudes causadas pela abertura de contas por terceiros.
Segundo o BC, o BC Protege+ é parte das ações desenvolvidas em conjunto com órgãos públicos e integrantes do sistema financeiro para aumentar a segurança e a transparência. Maria Clara Roriz Haag, do Departamento de Atendimento Institucional do BC, ressalta que o serviço atende à demanda da sociedade por mais segurança em suas operações financeiras.
Como ativar a proteção
Para usar o BC Protege+, é necessário possuir uma conta gov.br com nível prata ou ouro e ativar a verificação em duas etapas. A ferramenta está disponível no site do Banco Central, acessível pelo caminho: serviços > cidadão > Meu BC.
No sistema, o usuário pode ativar ou desativar a proteção com facilidade, escolhendo a opção “ativar a proteção”. A ativação não é automática; o cidadão deve fazer a opção manualmente, com efeito imediato.
Para pessoas jurídicas
Para empresas, sócios, representantes ou colaboradores autorizados no módulo de empresas do Gov.br podem acessar a área logada do Meu BC no site do Banco Central e seguir o caminho indicado para ativar ou desativar o BC Protege+. É necessário que todos os titulares e representantes tenham a proteção desativada para abertura de contas pela empresa.
Funcionamento prático
Quando a proteção estiver ativada, as instituições financeiras autorizadas pelo BC consultam o sistema e não poderão abrir conta nem incluir o nome do usuário como titular ou representante. Para abertura de conta, o usuário deve desativar a proteção temporariamente.
Além disso, o cidadão pode consultar quais instituições financeiras acessaram seu CPF ou CNPJ e os motivos dessas consultas, através do histórico disponível no sistema.
O lançamento oficial ocorreu no Edifício-Sede do Banco Central em Brasília, com o serviço disponível para pessoas físicas desde as 10h do dia do lançamento. Ainda não há previsão para disponibilização aos usuários pessoa jurídica.

