Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, afirmou nesta segunda-feira, 29, que o BC precisa evitar reações precipitadas baseadas em dados isolados para definir a política de juros. Segundo ele, no início de mudanças econômicas, os dados costumam ser variados, por isso é crucial que o Banco Central mantenha a calma e não reaja rapidamente a informações pontuais, disse Galípolo durante um evento do Itaú BBA em São Paulo.
Ele ressaltou que a inflação dos serviços ainda está alta e longe da meta de 3%. Além disso, destacou que o mercado de trabalho permanece forte, atingindo o nível mais alto registrado na história do Brasil.
Galípolo mencionou que o cenário atual confirma a perspectiva do Banco Central de uma desaceleração econômica gradual e controlada. “Este é um cenário que apoia a expectativa de uma desaceleração ordenada”, explicou o presidente do BC.
Ele frisou que o principal foco é garantir que a inflação volte para a meta, independentemente das causas da desancoragem. Galípolo afirmou que existem várias razões para essa desancoragem, mas o fundamental é discutir se a taxa de juros está suficientemente restritiva pelo tempo necessário para alcançar essa convergência.
Estadão Conteúdo
