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quinta-feira, 30/10/2025

BC deve fortalecer proteção do sistema financeiro contra ataques cibernéticos, diz diretor

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Em Brasília

NATHALIA GARCIA
FOLHAPRESS

Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização do Banco Central, ressaltou nesta quinta-feira (30) a importância de aumentar a resistência do sistema financeiro, especialmente das instituições menores, frente ao crescente risco de ataques digitais.

Durante um evento da Federação Nacional de Associação dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), em Brasília, ele destacou que o Banco Central está avaliando uma atualização nas regras de capital para as instituições financeiras.

“O sistema financeiro está se tornando cada vez mais digital. Nesse cenário, o risco de ataques cibernéticos é constante. Minha preocupação é que a resistência das pequenas instituições ainda não esteja adequada. Precisamos melhorar isso”, afirmou.

Recentemente, o BC agiu para fechar brechas regulatórias visando aumentar a segurança do sistema, após hackers desviarem milhões. Algumas medidas focaram na atuação dos Provedores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTIs), que conectam instituições ao sistema Pix.

Essa vulnerabilidade ficou clara com os ataques às empresas C&M Software e Sinqia, que juntos resultaram em desvios de cerca de R$ 1,5 bilhão.

Ailton de Aquino mencionou que cooperativas de crédito independentes podem ter sofrido impactos graves. “Ressalto a importância de cuidar dos riscos tecnológicos e da segurança cibernética”, comentou.

Na mesma data, a Polícia Federal realizou a segunda fase de uma operação que desarticulou um grupo criminoso envolvido em fraudes bancárias, que desviaram mais de R$ 813 milhões via transferências Pix.

No evento, Ailton de Aquino também falou sobre a necessidade de revisar o capital no sistema cooperativista, tema que não é reavaliado profundamente há mais de 30 anos.

“Com quase 2.000 instituições, este é um bom momento para discutir o capital requerido. Este é um tema na agenda do Banco Central”, explicou.

Ele ainda frisou que um planejamento eficiente do capital cooperativista é essencial. “Nos próximos meses, retomaremos essa discussão, até mesmo pensando em reforçar o capital de todo o sistema financeiro”, concluiu.

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