Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), reafirmou o foco da instituição em manter a inflação próxima a 3%, meta que permite uma variação de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, como forma de proteger a economia contra acontecimentos inesperados.
Ele ressaltou que o Comitê de Política Monetária (Copom) não deve basear suas decisões em dados isolados, mas sim observar tendências consistentes. Segundo Galípolo, o BC precisa agir com cautela e não se deixar levar por emoções ou por resultados pontuais, como o indicador de inflação recente que indicou queda dos preços.
Galípolo participou do 33.º Congresso e Expo da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo, onde destacou que a taxa Selic vai continuar alta por um período extendido para controlar a inflação.
Ele comentou que aceitar o limite superior da meta de inflação, que é 4,5%, poderia enviar um sinal errado para o mercado, possivelmente fazendo com que os agentes econômicos reajustem preços de forma a gerar mais inflação.
O presidente do BC finalizou destacando a importância de manter a disciplina na política monetária para garantir estabilidade econômica a longo prazo.