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quarta-feira, 26/11/2025




BC afirma que sistema financeiro não corre risco após fim do Banco Master

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Após a reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), o Banco Central (BC) garantiu que a liquidação extrajudicial do Banco Master não representa perigo ao sistema financeiro brasileiro. Contudo, o órgão destacou a importância de atenção redobrada aos riscos relacionados à segurança digital. A ata da reunião foi divulgada nesta quarta-feira (26/11).

O documento explica que o Banco Master é um conglomerado bancário prudencial classificado como de crédito diversificado, de pequeno porte, e enquadrado no segmento S3 da regulação prudencial, tendo o Banco Master S.A. como instituição líder. Este grupo representa 0,57% dos ativos totais e 0,55% das captações totais do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

No dia 18 deste mês, o BC decidiu pela liquidação do Banco Master devido a fraudes contábeis. Essa medida ocorre quando as autoridades monetárias constatam a inexistência de plano de recuperação viável para a instituição bancária.

A prisão do presidente do banco, Daniel Vorcaro, realizada pela Polícia Federal na Operação Compliance Zero, que investigou um esquema de emissão e negociação de títulos falsos envolvendo instituições financeiras do SFN, desencadeou o processo de liquidação.

O BC assegurou que os bancos pertencentes ao Conglomerado Master não oferecem risco a uma crise financeira no país. Isso inclui o Banco Master de Investimento S.A., o Banco Letsbank S.A., a Master S.A. Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários, além do Banco Master Múltiplo S.A., sob Regime de Administração Especial Temporária (RAET).

O Comitê ressaltou que a decisão sobre a imposição de regimes de resolução a instituições financeiras deve levar em conta a estabilidade da economia pública e a proteção dos interesses dos depositantes, investidores e demais credores.

Preocupação com segurança digital

O BC chamou a atenção para os riscos tecnológicos. De acordo com a ata, o Comef destacou a necessidade contínua das instituições supervisionadas de aprimorar seus sistemas integrados de gerenciamento de riscos, especialmente no que tange à resposta a incidentes relacionados à segurança digital.

O órgão frisou a preocupação com a crescente dependência de serviços fornecidos por terceiros e o uso amplo de APIs, muitas vezes sem avaliações periódicas dos riscos e sem monitoramento operacional adequado, tornando a administração de riscos mais complexa.

O Comitê reforçou a necessidade de fortalecer ecossistemas resistentes, com estratégias específicas para a gestão de crises e para a prevenção de fraudes.




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