O Banco do Brasil anunciou a obtenção de US$ 100 milhões junto ao banco francês Credit Agricole CIB, destinados a financiar projetos sustentáveis no Brasil. Esse montante faz parte da operação Eco Invest Green Repo, integrada ao Programa Eco Invest Brasil, focado em apoiar empresas que investem na transformação ecológica e no desenvolvimento sustentável.
Os recursos serão usados para refinanciar linhas de crédito relacionadas a iniciativas que promovem sustentabilidade, incluindo o uso de fontes de energia renováveis e práticas agrícolas de baixo impacto ambiental.
O programa inclui dois leilões principais. O primeiro, iniciado em maio, apoia projetos nas áreas de eficiência energética, economia circular, bioeconomia e infraestrutura verde, com liberados R$ 1,5 bilhão até o momento, num total previsto de R$ 4,8 bilhões.
O segundo leilão, previsto para o quarto trimestre de 2025, visa financiar projetos de recuperação de terras rurais degradadas, com foco em aumentar a produtividade agrícola e reduzir o desmatamento.
A Secretaria do Tesouro Nacional define as características específicas de cada leilão. No segundo leilão, por exemplo, 10% dos investimentos devem ser aplicados no bioma da caatinga, e metade dos recursos direcionados a projetos agrícolas voltados à produção de alimentos.
“Teremos ainda, além do segmento empresarial, a possibilidade de alocação para produtores rurais pessoa física e também fundos de investimentos e cooperativas, o que deve fazer o recurso alcançar também produtores de menor porte”, destacou à Agência Brasil o vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, Francisco Lassalvia.
No primeiro leilão, a maioria dos beneficiados foram empresas ligadas a projetos públicos e privados, com exceção de pequenos empreendimentos e áreas sem foco específico em biomas ou estados.
O aporte francês soma-se a outros US$ 4,5 bilhões em recursos internacionais para ações climáticas. O Credit Agricole CIB, uma das dez maiores instituições financeiras globais, tem investido fortemente em financiamentos responsáveis e sustentáveis nesta década.
Recentemente, o Credit Agricole esteve envolvido em controvérsia por um esquema de evasão fiscal denominado “cum-cum”, tendo aceitado pagar multa de 88 milhões de euros para encerrar investigações relativas ao período de 2013 a 2021.
Fonte das informações: Agência Brasil.
