Na segunda-feira, 12 de junho, o Irã lançou mísseis contra o Catar, visando a base militar Al Udeid, a maior instalação dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Esta base é usada pelos norte-americanos como centro de comando e apoio logístico para operações no Iraque e em toda a região, contando com a maior pista de pouso aéreo no Golfo.
A Base Al Udeid, que abriga a 379ª Ala de Missões Aéreas e a sede principal do Comando Central das Forças Aéreas dos EUA, pode acomodar mais de 10.000 soldados. Ela apoia operações dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Austrália no Oriente Médio.
Segundo autoridades americanas, o ataque do Irã foi interceptado com sucesso, sem causar vítimas ou danos estruturais à base.
Foram lançados pelo menos 10 mísseis contra o Catar, e um deles em direção ao Iraque. Um representante da Casa Branca afirmou que as ameaças à Base Aérea de Al Udeid estão sendo monitoradas atentamente.
Recentemente, Israel intensificou seus ataques aéreos contra o Irã, focando em alvos estratégicos em Teerã, o que provocou uma resposta do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) com ataques combinados de mísseis e drones em várias regiões de Israel.
Os Estados Unidos entraram oficialmente no conflito ao bombardear instalações nucleares iranianas no dia 21 de junho. O Iêmen também se posicionou ao lado do Irã, afirmando estar pronto para agir contra navios americanos no Mar Vermelho caso haja agressão em apoio a Israel.
Al Udeid tem uma pista de 3.750 metros, capaz de suportar grandes aeronaves como bombardeiros B-52 e caças F-35. Desde 2003, o Catar investiu mais de oito bilhões de dólares na base, considerando-a vital para a proteção de seu território.
Os Estados Unidos começaram a usar a base secretamente após os ataques de 11 de setembro de 2001 e durante a invasão ao Afeganistão. O uso tornou-se público em 2002, na visita do então vice-presidente Dick Cheney ao Oriente Médio.
Em maio de 2025, o presidente Donald Trump visitou a base durante uma viagem pela região, marcando a primeira vez que um presidente em exercício dos EUA esteve em Al Udeid desde 2003. Durante a visita, ele conversou com mais de mil militares americanos.
Trump destacou que nenhuma visita ao Golfo estaria completa sem reconhecer aqueles que trabalham para manter a América segura, forte e livre.