22.5 C
Brasília
sábado, 23/11/2024
--Publicidade--

Bancos poderiam ‘absorver’ quebra de empresas da Lava Jato, diz BC

Brasília
chuva fraca
22.5 ° C
22.5 °
22 °
78 %
3.6kmh
75 %
sáb
23 °
dom
25 °
seg
21 °
ter
25 °
qua
25 °

Em Brasília

Simulações feitas pelo Banco Central indicam que o sistema financeiro “teria condições de absorver os impactos de ‘default’ [incapacidade de pagar suas dívidas] das empresas mais vulneráveis citadas na Lava Jato”, caso isso venha a ocorrer, e de seu respectivo contágio, incluindo a inadimplência de empresas fornecedoras e de seus funcionários. Os dados fazem parte do relatório de estabilidade financeira do primeiro semestre, divulgado nesta quinta-feira (1º).

“Embora a rentabilidade fosse bastante afetada, nenhuma instituição financeira ficaria insolvente [com débitos maiores do que os rendimentos a receber], e o impacto geraria necessidade de capital de R$ 130 milhões para o reenquadramento de instituições financeiras”, informou a autoridade monetária.

O Banco Central não explicita quais são as empresas consideradas mais vulneráveis entre as citadas na Lava Jato. Pelo menos três empresas envolvidas nas investigações, no entanto, já pediram recuperação judicial: Grupo Schahin, OAS e Galvão Engenharia.

 OPERAÇÃO LAVA JATO

PF investiga esquema de corrupção

O BC avalia que, estabelecida a rede de conexões do setor real e identificada sua exposição no sistema financeiro nacional, é possível simular os efeitos de contágio causados pela “quebra” de um ou mais grupos econômicos simultaneamente, incluindo o impacto de seus fornecedores e prestadores de serviço diretos e de todas as demais empresas que indiretamente dependam deles de forma relevante, além dos empregados de cada uma dessas empresas.

Segundo o Banco Central, mesmo ampliando a hipótese de “default” (quebra) para todas as empresas citadas, seus respectivos grupos, rede de conexões e funcionários, o sistema financeiro nacional “continuaria mostrando alta resistência, com nenhuma instituição insolvente e uma necessidade de capital para reenquadramento de R$ 3,4 bilhões, o que equivale a 0,4% do patrimônio de referência atual do sistema”.

“Evidentemente que, nas hipóteses mais extremas, a rentabilidade do SFN seria impactada de forma ainda mais severa”, acrescentou o Banco Central na análise.

A autoridade monetária destaca que os grupos econômicos atuam em “vários setores da economia” e acrescenta nem todos os setores foram “envolvidos ou alcançados pelos eventos em debate”. “Ademais, os modelos de negócios são, em sua maioria estruturados com um conjunto razoável de garantias do próprio empreendimento, o que pode reduzir
significativamente o contágio de eventual evento extremo”, acrescentou o BC.

--Publicidade--

Veja Também

- Publicidade -