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quarta-feira, 10/09/2025

bancos pausam empréstimo consignado clt para atualizar contratos

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CRISTIANE GERCINA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Os bancos de todo o país pararam temporariamente a oferta do empréstimo consignado para trabalhadores com carteira assinada (CLT), também conhecido como Crédito do Trabalhador.

Durante esse período, não será possível contratar esse tipo de empréstimo. A previsão é que a suspensão dure até novembro, cerca de dois meses.

Os contratos antigos são de funcionários que tinham esse benefício em bancos antes da nova versão lançada em março deste ano. O novo modelo mantém o desconto direto no salário, mas não exige mais um acordo entre a empresa e o banco para o empréstimo ser liberado.

O valor das parcelas é descontado diretamente do salário do trabalhador, que pode comprometer até 35% da sua renda.

Quando foi lançado, esperava-se que as taxas de juros fossem menores, mas isso ainda não aconteceu.

Segundo o Banco Central, a taxa média do consignado privado em maio foi de 55,6% ao ano, uma leve queda em relação a abril, que teve 59,1%, o maior nível desde 2011.

O governo acredita que as taxas deveriam estar mais baixas. Para servidores públicos, a taxa média em maio foi de 24,8%, e para beneficiários do INSS, de 24,3% ao ano.

Atualmente, o trabalhador pode transferir seu empréstimo consignado de um banco para outro se encontrar condições melhores.

Com a migração dos contratos, será possível fazer essa transferência de forma online pelo aplicativo oficial.

O Ministério do Trabalho e Emprego espera que, ao reunir as propostas dos bancos no app, os trabalhadores possam negociar melhores taxas para os contratos antigos.

Os dados mostram que 62,61% dos empréstimos foram para profissionais que ganham até um salário mínimo. Até junho, foram contratados R$ 14,6 bilhões, com 2,6 milhões de novos contratos.

Desses, R$ 7 bilhões foram para trabalhadores que ganham até quatro salários mínimos, R$ 3 bilhões para quem ganha entre quatro e oito salários, e R$ 4,4 bilhões para salários acima de oito mínimos.

Os bancos também priorizam trabalhadores com mais tempo de emprego. Quem ganha até dois salários mínimos contratou em média R$ 3.391,60, enquanto aqueles que ganham mais de oito salários mínimos contrataram empréstimos médios de R$ 9.079,23.

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