Alicia Klein e Livia Camillo
São Paulo, SP (UOL/FolhaPress) – A REAG Investimentos, empresa de João Carlos Mansur, membro do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras, está sendo investigada pela Polícia Federal e atua em diversos negócios no futebol.
Mansur tem papel importante no Palmeiras. Ele trabalhou com a WTorre, sendo o responsável por liderar e viabilizar a construção do Allianz Parque, segundo seu perfil no LinkedIn.
Além da relação com a WTorre, Mansur é conselheiro do clube, participando do Conselho Deliberativo e do COF, o que lhe dá influência nas decisões financeiras e administrativas. A reportagem apurou que ele é próximo de Leila Pereira e um nome relevante para a sucessão da presidência do clube.
A REAG esteve envolvida na negociação da SAF do Santa Cruz e do Juventus. O negócio com o time pernambucano, avaliado em R$ 1 bilhão, foi formalizado com a assinatura da oferta vinculante para a Cobra Coral Participações S/A, gerida em parte por Márcio Cadar, sócio da REAG. Já a compra do Juventus prevê investimento de R$ 500 milhões, em parceira com a Contea Capital.
Além disso, a REAG Capital Holding administra o Arena Fundo FII, responsável pela contabilidade da Neo Química Arena, estádio do Corinthians. A Arena do Grêmio também foi administrada pela empresa, até o empresário Marcelo Marques adquirir os créditos da dívida da construção e os direitos de gestão por R$ 130 milhões, repassando ao clube.
A reportagem também descobriu que a REVEE, empresa que adquiriu a SAF da Portuguesa, foi criada por Mansur. Esta empresa está ligada à administração e revitalização da Fonte Luminosa, estádio localizado em Araraquara, São Paulo.
Mansur possui mais de 35 anos de experiência em auditoria, gestão financeira e planejamento estratégico, tendo previamente trabalhado em empresas como PriceWaterhouse Coopers, Monsanto e WTorre Arenas. Ele organizou mais de 200 fundos de investimento e participou do desenvolvimento de diversos projetos imobiliários.
O que diz a REAG
A REAG Investimentos S.A. informa que está colaborando completamente com as autoridades da Operação Carbono Oculto e acredita na justiça, confiando que todos os fatos serão esclarecidos.
Sobre os fatos sob investigação, esclarece que vários Fundos de Investimentos mencionados nunca foram administrados ou geridos por ela.
Quanto aos fundos em que atuou como prestadora de serviço, a empresa afirma que agiu de maneira correta e cuidadosa. Destaca que esses fundos foram objeto de renúncia ou liquidação meses atrás.
Reforça que não tem nem nunca teve envolvimento com as atividades econômicas ou empresariais desses clientes.
A REAG continua atuando com rigor técnico, ética e transparência, em cumprimento às leis e normas do sistema financeiro.