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sexta-feira, 07/11/2025




Banco do Brasil e Natura fecham acordo de R$ 50 milhões para projetos agroflorestais

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São Paulo, 25 – Nesta semana, em Nova York, o Banco do Brasil e a Natura firmaram um acordo para financiar com R$ 50 milhões projetos na região norte do Brasil focados em Sistemas Agroflorestais (SAF). O objetivo é recuperar 12 mil hectares de floresta, com potencial de R$ 2 bilhões em financiamentos.

A parceria entre o Banco do Brasil e a Natura visa aumentar os benefícios climáticos e sociais ao introduzir inovação na produção do óleo de palma, usado em alimentos, produtos de higiene, cosméticos e biocombustíveis.

Essa ação busca promover o uso sustentável do solo, conservação dos recursos naturais, e apoiar agricultores familiares na geração e diversificação de renda, ampliando os projetos de SAF na Amazônia Legal, especialmente em Tomé Açu. Desde 2008, Natura, Embrapa e a Cooperativa Mista de Tomé Açu (CAMTA) desenvolvem o Projeto SAF Dendê, com 650 hectares dedicados ao plantio de dendezeiros junto com cacau, açaí, mandioca e pimenta.

Este método de plantio conjunto traz vantagens sociais, econômicas e ambientais, como recuperação de áreas degradadas, aumento da produtividade, maior resistência ao clima e melhoria do solo, conforme estudos da Embrapa, que destacam o manejo agroecológico como essencial para diminuir a emissão de gases do efeito estufa na cadeia produtiva do dendê.

José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, explica que o sistema agroflorestal permite que agricultores familiares tenham uma renda diversificada ao longo do ano, podendo aumentar em até 40% em comparação ao cultivo único. Ele ressalta que esse modelo melhora a segurança alimentar das famílias, valoriza o trabalho de jovens e mulheres e ajuda na captura de carbono, sendo fundamental para a redução da emissão dos gases do efeito estufa. O banco atingiu este ano R$ 2 bilhões em crédito para a sociobioeconomia na região amazônica, parte dessa estratégia.

Angela Pinhati, diretora de sustentabilidade da Natura, destaca que preocupações ambientais com o óleo de palma, associado ao desmatamento, levaram a empresa a buscar práticas responsáveis e de conservação. O objetivo é que todo o óleo de palma usado pela Natura venha de práticas regenerativas, fortalecendo parcerias, envolvendo agricultores e captando investimentos para beneficiar toda a cadeia produtiva.

O acordo facilita o acesso ao crédito para os produtores, ajudando no custeio das atividades, recuperação de áreas, compra de equipamentos e assistência técnica especializada para apoiar decisões de investimento.

O projeto deve beneficiar 46 comunidades produtoras ligadas à Natura, impactando mais de 10 mil famílias.




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