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quinta-feira, 11/12/2025

Banco Central vai tirar 31 empresas do Pix para aumentar a segurança

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PEDRO S. TEIXEIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O Banco Central pediu que 31 empresas que usam o Pix de forma indireta mudem suas operações para seguir novas regras de segurança, após ataques que causaram prejuízo de R$ 1,5 bilhão no sistema.

Essas empresas precisam ter parceria com um banco ou instituição financeira para usar o Pix. Hoje, 39 empresas já estão seguindo o padrão de segurança exigido.

Para continuar participando, essas empresas terão que apresentar ao Banco Central um formulário detalhado com informações sobre movimentações e valores financeiros para que os riscos sejam avaliados.

Cooperativas de crédito não podem mais ser responsáveis por outras empresas no Pix.

Se essas empresas não encontrarem um parceiro autorizado até 4 de março, serão retiradas do sistema.

O Banco Central também planeja criar, em 2026, um sistema para identificar quais empresas apresentam riscos de segurança sistêmica.

Entre os ataques recentes, foram usadas contas falsas dessas empresas para aplicar golpes. Um exemplo é a empresa Soffy, que recebeu R$ 270 milhões desviados em um golpe e que está com sua participação suspensa.

A Soffy informou que a conta usada nos golpes não pertence diretamente a ela, mas a uma parceira cliente.

Segundo a Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil, as regras atuais para participantes indiretos continuam válidas, mas podem mudar conforme novas decisões do Banco Central.

No próximo ano, o Banco Central pretende dificultar o uso do Pix por pessoas com histórico de fraude para evitar golpes.

Além disso, a partir de novembro de 2026, só instituições que cumprirem critérios de segurança poderão usar o Pix automático, que serve para pagamentos regulares, como débitos automáticos.

Este ano, o Banco Central já exigiu o cadastro obrigatório do aparelho usado para liberar o Pix, estabeleceu limites para transações e permitiu a adesão ao mecanismo especial de devolução (MED) que ajuda a recuperar valores em caso de golpes.

O MED será obrigatório em fevereiro de 2026 e o número de transferências monitoradas ampliado de uma para cinco por pessoa.

O Banco Central também está criando um sistema para identificar fraudes com base em algoritmos e, a partir de fevereiro de 2026, poderá comunicar os clientes sobre o status dos pedidos de devolução de valores.

Agenda de segurança do Pix

  • 2025:
  • Cadastro obrigatório do aparelho para usar o Pix
  • Limite de valor para transações
  • Adesão opcional ao MED
  • Fevereiro de 2026:
  • MED passa a ser obrigatório
  • Monitoramento ampliado de uma para cinco transferências
  • Instituições devem informar clientes sobre pedidos de devolução
  • Março de 2026:
  • Exclusão de 31 participantes indiretos sem parceiro
  • Julho de 2026:
  • Ampliação do escopo do MED
  • Novembro de 2026:
  • Critérios de segurança para Pix automático começam a valer
  • Em desenvolvimento:
  • Sistema para identificar falhas de segurança
  • Indicador de suspeita de fraude por algoritmo
  • Definição do que é fraude comprovada
  • Restrição para pessoas com histórico de fraude

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