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quinta-feira, 18/12/2025

Banco Central aumenta previsão de crescimento do PIB para 2025

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O Banco Central elevou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025, passando de 2,0% para 2,3%. Esta atualização consta no Relatório de Política Monetária (RPM) do quarto trimestre, divulgado na quinta-feira, 18. A estimativa está muito próxima da mediana do último boletim Focus, que indicava 2,25%.

A revisão para 2025 considera ajustes nas previsões do PIB dos setores agropecuário (de 9,0% para 11,0%), industrial (de 1,0% para 1,6%) e de serviços (de 1,8% para 1,7%). Do lado da demanda, a autoridade monetária também alterou as expectativas para o consumo das famílias (reduzido de 1,8% para 1,5%) e do governo (de 0,5% para 2,0%), assim como para a Formação Bruta de Capital Fixo (de 3,3% para 3,8%), importações (de 4,5% para 5,0%) e exportações (de 3,0% para 4,0%).

De acordo com o Banco Central, a mudança na projeção para 2025 reflete uma surpresa positiva no desempenho do terceiro trimestre, a revisão das expectativas para o quarto trimestre e a atualização das séries históricas, especialmente relevante para o setor agropecuário. “Para a indústria e o setor de serviços, o impacto das revisões foi menor, embora tenha sido significativo em alguns segmentos específicos. Na demanda, a principal alteração foi na estimativa do consumo do governo”, explicou o BC no relatório.

Para 2026, a projeção de crescimento do PIB também foi aumentada, passando de 1,5% para 1,6%, embora ainda fique abaixo da mediana indicada pelo Focus, que é de 1,8%.

As estimativas para 2026 foram ajustadas com previsão de crescimento para o PIB agropecuário diminuindo de 1,0% para 0,5%, aumento na indústria de 1,4% para 1,9% e ligeira elevação nos serviços de 1,5% para 1,6%. Pela demanda, o consumo das famílias subiu de 1,4% para 1,5%, o consumo do governo de 1,0% para 1,5%, a Formação Bruta de Capital Fixo de 0,3% para 1,0%, as importações permaneceram em 1,0% e as exportações recuaram de 2,5% para 2,0%.

O Banco Central avalia que o crescimento moderado esperado para 2026 será influenciado por fatores como a manutenção da política monetária restritiva, o baixo nível de ociosidade dos recursos produtivos, a desaceleração da economia global e a falta do impulso do setor agropecuário que foi observado em 2025. Além disso, o cenário incorpora efeitos de medidas recentes que podem impactar a demanda, como a isenção ou desconto no Imposto de Renda para faixas iniciais de renda.

Estadão Conteúdo.

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