Desde o início da pandemia, 112.204 pessoas que já tiveram doença já são considerados recuperadas. Taxa de ocupação de leitos na Bahia e em Salvador é de 71%.
A Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 3.552 novos casos de Covid-19 e 45 novas mortes por causa da doença, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), na tarde desta terça-feira (21).
Com isso, o número de casos da doença confirmados no estado sobe para 126.844 e o de mortes para 2.936. De acordo com a Sesab, a taxa de crescimento no número de casos, nas últimas 24 horas, foi de +2,9% e +1,6% no número de mortes.
No total, 112.204 que tiveram Covid-19 na Bahia já são consideradas recuperadas, 11.704 estão com o vírus ativo, podendo transmiti-lo para outras pessoas.
O primeiro caso do novo coronavírus na Bahia foi confirmado pela Sesab no dia 6 de março. Foi uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador, que retornou da Itália em 25 de fevereiro. No país europeu, ela teve passagens por Milão e Roma.
A primeira morte de uma pessoa infectada pelo vírus no estado ocorreu em março, quando a Bahia tinha 147 casos confirmados. O paciente era um homem de 74 anos, que estava internado em um hospital particular de Salvador. Ele estava entubado e em diálise contínua.
Os casos confirmados ocorreram em 406 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (38,18%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Gandu (3.249,70), Itajuípe (2.596,26), Dário Meira (2.212,89), Ipiaú (2.105,81) e Aurelino Leal (2.037,98).
O boletim epidemiológico contabiliza, ainda, 267.388 casos descartados e 75.428 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta terça.
Na Bahia, 12.853 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19, a maioria técnicos ou auxiliares de enfermagem.
O boletim completo está disponível no site da Secretaria de Saúde e também em uma plataforma disponibilizada pela Sesab.
Taxa de ocupação
Dos 2.602 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS), exclusivos para coronavírus, 1.617 estão com pacientes internados, o que representava uma taxa de ocupação de 62%. Dos leitos de UTI (adulto e pediátrico) disponíveis no estado, 71% estão ocupados.
Em Salvador, de acordo com a Sesab, dos 1.354 leitos ativos, 957 estão ocupados, o que representa uma taxa de ocupação de 71%. Já o leitos de UTI adulto, que são os que contam para a flexibilização do comércio na capital baiana, estão com 74% de ocupação. Já a taxa de ocupação de leitos de UTI pediátrica em Salvador está em 56%.
Com relação aos leitos de enfermaria, a capital baiana tem taxa de ocupação de 68% (adulto) e 67% (pediátrico).
A Sesab ressaltou que o número de leitos é flutuante, representando o quantitativo exato de vagas disponíveis no dia. Intercorrências com equipamentos, rede de gases ou equipes incompletas, por exemplo, inviabilizam a disponibilidade do leito. Novos leitos são abertos progressivamente mediante o aumento da demanda.
Instabilidade e subnotificações
Nesta terça-feira, a Sesab informou que o Departamento de Informática do SUS (DataSUS), órgão ligado ao Ministério da Saúde, informou às secretarias estaduais de Saúde que o sistema e-SUS VE, que concentra as notificações dos casos ambulatoriais de coronavírus (Covid-19) no Brasil, passa por grande lentidão e instabilidade.
Uma das consequências, de acordo com o órgão estadual, é a subnotificação de casos. A Sesab informou que cidade baianas como Coribe, Ponto Novo, Coaraci, Rio Real e Catu, relataram a impossibilidade de fazer o lançamento de novos registros ou o download da base para efetuar alterações. O problema ocorre desde o final de semana e ainda não foi normalizado pela equipe técnica do Ministério da Saúde.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia contactou e formalizou a questão junto às autoridades sanitárias federais, porque os problemas encontrados pelos municípios refletem na taxa de crescimento, que está sendo menor, por causa da subnotificação.