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quinta-feira, 06/11/2025




avião é o segundo meio mais usado em viagens pessoais

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Pela primeira vez, as viagens de avião ultrapassaram as feitas de ônibus como o segundo meio mais escolhido para deslocamentos pessoais em 2024. 12,3% das viagens de lazer foram feitas de avião, enquanto 12% foram feitas de ônibus. O carro continua sendo o meio preferido, responsável por mais da metade dos deslocamentos (52,3%).

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, em uma edição especial sobre turismo.

De acordo com o analista da pesquisa, William Kratochwill, o aumento no uso do avião está relacionado às grandes distâncias no país.

“Para muitos destinos, o avião reduz muito o tempo de viagem comparado ao ônibus ou carro. Além disso, é mais seguro, com menor risco”, destaca.

Nas viagens de trabalho, o avião foi o segundo meio favorito em três dos quatro anos avaliados (2020, 2021, 2023 e 2024), exceto em 2021, quando o ônibus foi mais utilizado por conta da pandemia da covid-19, que fez as pessoas evitarem transportes coletivos, principalmente aviões.

Influência da renda

O IBGE aponta que a preferência por meios de transporte varia de acordo com a renda familiar por pessoa. Em todas as faixas de renda, o carro é o meio mais utilizado.

Famílias que ganham menos de dois salários mínimos preferem o ônibus como segunda opção. Por exemplo, entre as que recebem menos de meio salário mínimo, 25,2% das viagens foram de ônibus, enquanto entre as que ganham quatro ou mais salários mínimos, esse número cai para 5,1%.

Entre famílias com renda de dois ou mais salários mínimos, o avião é o segundo meio mais usado. Domicílios com renda per capita de quatro ou mais salários mínimos fizeram 36,2% das viagens aéreas.

William Kratochwill comenta que a viagem de avião é considerada um luxo para muitos pela sua demanda.

Motivos das viagens

A pesquisa mostrou que, em 2024, os brasileiros fizeram 20,6 milhões de viagens, sendo 17,6 milhões para lazer e 3 milhões para trabalho.

Nas viagens de trabalho, a maior parte (82,7%) foi para negócios ou emprego, 11,8% para eventos ou cursos, e o restante para compras ou outros motivos.

Nas viagens pessoais, os principais motivos foram lazer (39,8%), visitar família ou amigos (32,2%), cuidar da saúde (20,1%) e outros (7,9%).

Entre as viagens de lazer, o destino mais escolhido foi sol e praia, com 44,6%, seguido por gastronomia (24,4%), natureza, ecoturismo ou aventura (21,7%) e outros (9,3%).

Locais de hospedagem

Quatro em cada dez viajantes (40,7%) ficam na casa de amigos ou parentes. A segunda opção mais comum, chamada pelo IBGE de “outro”, inclui albergues, hostels e campings.

Em 18,8% das viagens a acomodação foi hotel, resort ou flat. Famílias com renda per capita menor que quatro salários mínimos preferem ficar na casa de amigos ou parentes, enquanto aquelas com renda maior que quatro salários mínimos escolhem hotel, resort ou flat (37%).

Kratochwill explica que o tipo de hospedagem varia conforme o nível de renda.

Nas viagens profissionais, a maioria (42,9%) dos viajantes se hospeda em hotéis, resorts e flats.

Essas informações foram obtidas com o apoio da Agência Brasil.




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