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sexta-feira, 05/09/2025

Avanço do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul em meio a tarifas dos EUA

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O pacto de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul progrediu após o Conselho da União Europeia aprovar o texto final na quarta-feira, 3 de setembro. Essa evolução ocorre em meio à disputa tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Acordo entre União Europeia e Mercosul

As negociações para o tratado começaram em 1999 e foram concluídas recentemente durante a cúpula do Mercosul no Uruguai. Entre os principais termos está a eliminação gradual de impostos sobre até 92% das exportações entre os dois blocos. Agora, o texto aguarda a aprovação do Parlamento Europeu para entrar em vigor.

Após 25 anos de negociações, o acordo está na etapa final, aguardando a aprovação de pelo menos 15 dos 27 países membros da UE para ser efetivado.

Tarifas impostas por Trump

A concretização do acordo ocorre em um contexto de altas tarifas impostas pelos EUA, com o Brasil sofrendo taxas de 50% e a UE de 15%. Economistas consultados veem o acordo como uma oportunidade para que ambos os blocos contornem as barreiras tarifárias americanas.

Segundo o economista e consultor financeiro Andre Mirsky, apesar de não envolver diretamente os EUA, o pacto pode ampliar o mercado para exportações da UE e Mercosul, ajudando a mitigar perdas provocadas pelas tarifas norte-americanas e redirecionar produtos brasileiros antes destinados aos EUA para consumidores europeus.

Perspectiva para o Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou a expectativa de que o acordo seja concluído até o final do ano, coincidente com o término da presidência rotativa brasileira no Mercosul. Enquanto isso, o governo busca alternativas para reduzir o impacto das tarifas americanas, diante de negociações estagnadas com Washington.

Estudos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) indicam que o acordo poderá aumentar as exportações brasileiras para a UE em mais de US$ 7 bilhões no curto prazo e gerar um impacto de R$ 37 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) até 2044.

O economista Sidney Proença destaca que o acordo posiciona o Brasil como um fornecedor importante de alimentos, grãos, carnes, minérios e petróleo para a Europa, promovendo a diversificação de mercados e parcerias, além de transformar pressões externas em oportunidades para o crescimento brasileiro.

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