O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, está no Catar para encontro com o primeiro-ministro xeique Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani, nesta terça-feira (16/7), onde ambos reafirmaram a “parceria duradoura de segurança entre os EUA e o Catar”.
O encontro acontece em meio a tensões globais, depois que Israel lançou um ataque em Doha contra a liderança do Hamas, que estava no local para tratar de um cessar-fogo.
Doha
O Exército israelense atacou, na última terça-feira (9/9), a sede do escritório político do grupo palestino Hamas em Doha, no Catar. O exército declarou ter realizado um ataque “preciso”, mirando a liderança da organização terrorista.
De acordo com o exército, os alvos do ataque “lideraram atividades terroristas do Hamas por muitos anos e são diretamente responsáveis pelo massacre de 7 de outubro e pela condução da guerra contra Israel”.
As forças israelenses afirmam que vão continuar as ações, em conjunto com a Agência de Inteligência de Israel, contra o Hamas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o ataque em Doha, visando membros da liderança do Hamas, foi totalmente autorizado por Israel.
Em reunião com Al Thani, Rubio afirmou, em uma publicação na rede social X, o compromisso “com uma região mais segura e estável”.
“Agradeci a ele pelos esforços constantes do Catar na mediação para negociar um acordo de paz entre Israel e o Hamas e para o retorno dos reféns para casa”, declarou Rubio.
O Catar atua como um dos principais mediadores nas negociações para um cessar-fogo entre Hamas e Israel. Até agora, as negociações continuam com a participação dos Estados Unidos.
O presidente dos Estados Unidos comentou sobre o ataque em Doha, afirmando que havia informado o governo do Catar sobre a ação de Israel, mas destacou que a decisão de atacar foi tomada exclusivamente pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O encontro com o primeiro-ministro ocorreu um dia após Rubio visitar Jerusalém e se reunir com Netanyahu. Em coletiva de imprensa, Rubio declarou que Gaza não terá paz até que o “Hamas seja derrotado” e que esse continua sendo o objetivo dos Estados Unidos.