O vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, declarou que o governo norte-americano está extremamente preocupado com o que chamou de “um ataque ao Estado de Direito” após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em publicação na rede social X, Landau criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rotulando-o como um “abusador dos direitos humanos” que trouxe descrédito e vergonha ao STF internacionalmente.
“Os Estados Unidos estão alarmados com essa recente agressão ao Estado de Direito e à estabilidade política no Brasil: a prisão provocativa e desnecessária do ex-presidente Bolsonaro, que já estava sob prisão domiciliar com rígida vigilância e restrições severas de comunicação. Não há nada mais prejudicial à democracia do que um juiz que ignora todos os limites do seu poder”, escreveu Landau no Twitter.
Mais cedo, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ao ser questionado por jornalistas sobre a detenção de Bolsonaro, limitou-se a comentar que a situação era “uma pena”.
“Algum comentário sobre a prisão do ex-presidente brasileiro hoje?”, perguntou o jornalista. “Não, não tenho informações sobre isso. Isso aconteceu? É lamentável. É uma pena. Simplesmente acho que é uma pena”, respondeu Trump.
A prisão de Bolsonaro ocorreu em decorrência de uma operação da Polícia Federal para cumprir uma ordem de prisão preventiva emitida por Moraes, após evidências de que o ex-presidente tentou violar a tornozeleira eletrônica.
Bolsonaro já estava em prisão domiciliar desde o início de agosto, porém esta detenção não está relacionada ao inquérito do golpe no qual foi condenado, mas sim a uma investigação diferente. A prisão preventiva não equivale à execução da pena em regime fechado relacionada à condenação pela trama golpista.