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quinta-feira, 18/09/2025

Autismo: teste recomendado a partir dos 16 meses

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Em Brasília

Profissionais da saúde básica agora vão aplicar um teste para identificar sinais de transtorno do espectro autista (TEA) em crianças de 16 a 30 meses, como parte da rotina de avaliação do desenvolvimento. Essa recomendação faz parte de uma nova diretriz lançada pelo Ministério da Saúde.

O objetivo é iniciar os cuidados e estímulos cedo, mesmo antes do diagnóstico ser confirmado. Isso é importante para garantir mais autonomia e melhor interação social no futuro, destacou o ministério.

“Pela primeira vez, o ministério criou uma diretriz específica para o TEA. O foco principal é o diagnóstico precoce para permitir cuidados rápidos e eficazes”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Segundo o ministro, essa nova diretriz é uma ferramenta importante para garantir que as crianças recebam o diagnóstico e o tratamento o quanto antes, pois isso tem um impacto significativo no desenvolvimento delas.

Números

Estima-se que 1% da população brasileira tenha TEA. Além disso, 71% dessas pessoas apresentam outras deficiências, o que reforça a necessidade de ações integradas no Sistema Único de Saúde (SUS).

A nova diretriz orienta profissionais e gestores sobre como funcionar a rede de atendimento, desde a atenção básica até os serviços especializados, com foco na detecção precoce e no início imediato do tratamento.

Teste

O teste usado para triagem do TEA é o M-Chat, que identifica sinais de autismo nos primeiros anos de vida da criança. Com o diagnóstico precoce, os profissionais podem orientar as famílias sobre os estímulos e intervenções adequados para cada caso.

O questionário está disponível na Caderneta Digital da Criança e no sistema E-SUS. As orientações de terapias para crianças com sinais de TEA estão no Guia de Intervenção Precoce, que será disponibilizado para consulta pública.

Tratamento personalizado

O ministério também fortalece o Projeto Terapêutico Singular (PTS), que cria um plano de tratamento individual, desenvolvido por equipes multiprofissionais em parceria com as famílias.

A nova diretriz também define quando pacientes atendidos nos Centros Especializados em Reabilitação (CER) devem ser encaminhados para outros serviços, como os de saúde mental, caso apresentem sofrimento psíquico.

Apoio e acolhimento

A diretriz destaca a importância do apoio às famílias, reconhecendo o papel fundamental dos pais e cuidadores no desenvolvimento das crianças.

As ações incluem orientação aos pais, grupos de apoio e capacitação de profissionais da atenção básica para estimular práticas no ambiente doméstico, complementando o trabalho das equipes multiprofissionais.

Essas medidas visam diminuir a sobrecarga das famílias e fortalecer os vínculos afetivos. O ministério está também apoiando a implementação de um programa de treinamento para cuidadores, da Organização Mundial da Saúde (OMS), para famílias com crianças com TEA ou atraso no desenvolvimento.

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