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quinta-feira, 04/09/2025

Austríaco afirma ter criado país onde esconde 300 toneladas de ouro

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Em Brasília

Um país localizado em águas internacionais, próximo à costa do Brasil, sem leis ou autoridades, com direção apontando para a mítica Atlântida. Esta é a história do austríaco naturalizado brasileiro Werner Rydl, 67 anos, que declara ter fundado sua própria nação com negócios envolvendo o mercado de luxo.

Em uma casa alugada à beira-mar no Rio Grande do Norte, Rydl revela que para alcançar a ilha fictícia mencionada nos diálogos Timeu e Crítias do filósofo grego Platão, basta navegar cerca de sete horas até um ponto no oceano onde afirma guardar um tesouro imenso: mais de 300 toneladas de ouro.

A suposta Atlântida, cuja chave está sob a única guarda do austríaco, localizaria-se entre 40 e 60 metros de profundidade na região de Seagarland. Contudo, essa área não consta em mapas oficiais, segundo investigação da GQ Brasil.

As coordenadas fornecidas por Rydl indicam uma zona de águas internacionais próximo à foz do Amazonas, em uma região formada há milhares de anos. “É um território livre: sem jurisdição, impostos e, sobretudo, livre das autoridades que chama de ‘corruptas’, tanto no Brasil quanto em sua Áustria natal.”

O austríaco optou por armazenar o ouro em alto-mar como forma de proteção patrimonial, com vigilância feita apenas pelos seres marinhos da costa brasileira.

Para acessar sua fortuna, conta com equipamentos parecidos com submarinos que descem até plataformas subaquáticas onde o ouro é guardado.

“Os detalhes do funcionamento dos equipamentos permanecem obscuros. Rydl aparentemente evita esclarecer muitas informações, talvez por segurança, talvez por ainda não ter uma narrativa completa”, explica a matéria.

Uma vida cheia de altos e baixos

Tendo o ouro como base de sua existência, Rydl começou a investir em joias no início dos anos 1990, pouco antes de enfrentar acusações de sonegação na Áustria. Para escapar do que ele considerava um sistema “corrupto”, ele fundiu o ouro e o armazenou em sua Atlântida.

No Brasil, alega ter realizado negócios com empresários a quem chama de “imunes” e que estão listados em seu site Seagarland.

Quando questionado sobre a legalidade de seu comércio, Rydl explicou que as evidências estavam em um CD apreendido pela Polícia Federal durante sua primeira prisão, em 2006, que resultou em extradição para a Áustria. Em 2013, ao retornar ao Brasil, disse que os arquivos com as notas fiscais tinham sido destruídos.

No mesmo ano, parte do seu ouro foi confiscada em Cuiabá, onde foi detido portando uma barra de aproximadamente 6 quilos sem comprovação de procedência. Na época, seu advogado descreveu o metal como um “amuleto da sorte” e comentou de forma singular à imprensa: “Ele tem um comportamento atípico”.

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