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segunda-feira, 11/08/2025

Austrália vai reconhecer Estado palestino em setembro

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O governo da Austrália anunciou que irá reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas no próximo mês. Anthony Albanese, o primeiro-ministro australiano, ressaltou que uma solução com dois Estados – Palestina e Israel – representa a melhor chance de acabar com o ciclo de violência no Oriente Médio, e de pôr fim ao conflito e ao sofrimento na região de Gaza.

Essa declaração aconteceu após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticar duramente a Austrália e vários países europeus por considerarem reconhecer o Estado palestino, classificando essa possibilidade como vergonhosa.

Albanese relatou que conversou recentemente com Netanyahu, destacando que a situação em Gaza ultrapassou as piores expectativas globais, com um número inaceitável de civis mortos. Segundo fontes locais, mais de 60 mil civis perderam suas vidas desde o início dos bombardeios israelenses em Gaza, em resposta ao ataque do grupo Hamas em outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 israelenses e no sequestro de dezenas de reféns.

O primeiro-ministro australiano afirmou: “A Austrália irá reconhecer o direito do povo palestino a um Estado próprio, conforme os compromissos assumidos pela Autoridade Palestina. Trabalharemos junto à comunidade internacional para concretizar esse direito”.

Ao lado de Albanese, a ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, afirmou que o processo de paz está estagnado e que os civis palestinos não devem arcar com as consequências da derrota do Hamas. Ela ressaltou que a comunidade internacional tem uma oportunidade em setembro de gerar esperança diante da situação atual, apoiando esforços diplomáticos para conter o conflito.

Entretanto, a decisão do governo australiano gerou críticas dentro do país. O Conselho Executivo dos Judeus Australianos (ECAJ) classificou o ato como uma traição e uma decepção, enquanto o porta-voz da coalizão de defesa, Angus Taylor, considerou a medida precipitada, acreditando que poderia beneficiar o Hamas.

Essa postura da Austrália ocorre em meio a anúncios semelhantes de países como França, Canadá e Reino Unido, motivados pelo aumento da mobilização internacional em apoio a um Estado palestino e pela condenação das ações militares israelenses em Gaza, incluindo planos para a ocupação total do território.

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