O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou nesta quarta-feira (17/12) a implementação de novas leis e medidas para combater discursos de ódio após o ataque ocorrido na praia de Bondi, em Sydney. O tiroteio resultou na morte de 16 pessoas e deixou ao menos 42 feridas, incluindo dois policiais, durante a celebração do festival judaico de Hanukkah.
As autoridades afirmam que os atiradores foram motivados pelo Estado Islâmico, classificando o ato como um atentado terrorista.
Anthony Albanese declarou que serão adotadas “novas medidas como reformas legislativas contra discursos de ódio, ampliação da negação de vistos para radicais, uma força-tarefa educacional de 12 meses liderada por David Gonski e iniciativas para segurança online”.
“Estamos unidos com os australianos judeus e jamais desistiremos na luta contra o antissemitismo”, ressaltou o premiê.
O que ocorreu
A praia de Bondi, localizada em Sydney, foi cenário de um tiroteio no domingo (14/12) durante a comemoração do feriado judaico de Hanukkah, causando a morte de 16 pessoas, incluindo um dos suspeitos.
Os suspeitos são pai e filho. O pai, com 50 anos, foi abatido pela polícia, enquanto o filho, de 24 anos, foi preso em estado grave, mas posteriormente informado como estável.
Anthony Albanese revelou um plano com cinco pontos que inclui a consideração do ódio como agravante em sentenças para crimes ligados a ameaças e assédio online, além do aumento das penalidades contra quem promove violência e ódio.
O ministro do Interior, Tony Burke, terá autoridade para cancelar ou negar vistos a pessoas que disseminem “ódio e divisão” na Austrália, ou que poderiam fazê-lo caso fossem autorizadas a entrar no país.
O governo também se compromete a aplicar as recomendações da enviada especial contra o antissemitismo, Jillian Segal, apresentadas em julho de 2025.
Medidas adicionais e controle de armas
Anthony Albanese afirmou que vai fortalecer as leis sobre armas de fogo e aumentar os recursos destinados à segurança física de instituições judaicas.
Segundo a polícia, o atirador mais velho possuía autorização para posse das seis armas utilizadas no ataque.

