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segunda-feira, 03/11/2025




aumento no consignado privado em setembro, diz BC

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Em Brasília

Nathalia Garcia
Brasília, DF (FolhaPress)

As taxas médias de juros do empréstimo consignado privado e as quantias liberadas para novos contratos cresceram em setembro comparado ao mês anterior, conforme informações divulgadas pelo Banco Central na quarta-feira (29).

Em setembro, foram concedidos cerca de R$ 6,4 bilhões em empréstimos para trabalhadores registrados em carteira, o que representa um aumento de 5,5% em relação aos R$ 6 bilhões liberados em agosto.

Este ano, o crescimento já soma 134,4%. Nos últimos três meses, esse avanço foi impulsionado pela versão atualizada do empréstimo consignado para trabalhadores CLT, lançada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva no final de março.

O novo modelo enfrenta dificuldades operacionais e críticas quanto às taxas de juros, além da resistência de alguns bancos que tentam adiar a migração dos contratos antigos, receosos de perder clientes.

Em setembro, a taxa média de juros cobrada atingiu 58,4%, um aumento de 2,1 pontos percentuais em relação a agosto, quando era de 56,3%. Esse patamar só é inferior ao recorde alcançado em abril, primeiro mês completo da nova linha, quando o BC registrou o maior índice desde 2011.

Atualmente, os juros desse novo consignado são mais altos do que os praticados no modelo anterior, que giravam em torno de 40%.

O perfil dos tomadores ajuda a explicar essa diferença. De acordo com estudo do Banco Central, o cliente típico do novo consignado é um trabalhador com menor escolaridade e renda, vínculo empregatício mais recente e que trabalha em empresas menores.

Apesar dos desafios iniciais, a liberação de empréstimos vem ganhando ritmo e se fortalecendo. Em setembro, o saldo total de empréstimos consignados para trabalhadores do setor privado (incluindo contratos antigos e novos) chegou a cerca de R$ 59,5 bilhões. Em fevereiro, antes da criação da nova modalidade, o saldo era cerca de R$ 41 bilhões.

A equipe econômica calcula que, se o ritmo atual continuar, o consignado poderá injetar mais R$ 20 bilhões na economia até o final do ano.

O governo avalia que o programa vem promovendo uma mudança importante no mercado, oferecendo crédito mais seguro e com custo menor para os trabalhadores.




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