Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, explicou nesta segunda-feira, 6, que não está ocorrendo uma saída de investimentos dos Estados Unidos devido às dúvidas sobre a política econômica do presidente norte-americano Donald Trump. Na verdade, segundo ele, houve um crescimento nas posições de proteção financeira, conhecidas como hedge, para se proteger contra a desvalorização do dólar.
Galípolo lembrou que logo após o ‘Liberation Day’, quando Trump anunciou tarifas, o principal risco estava nos Estados Unidos. Entretanto, com o aumento dos conflitos no Oriente Médio, a aversão ao risco cresceu, causando a desvalorização do dólar e, curiosamente, a valorização de moedas de países emergentes.
Segundo Galípolo, isso não significa uma saída de dinheiro dos EUA, mas sim que os investidores querem proteger seus investimentos contra a queda do dólar, mantendo-se atraídos pelos ganhos das empresas americanas, especialmente na área de Inteligência Artificial, e pelos títulos do Tesouro Americano, considerados muito seguros.
Sobre a situação do Brasil, Galípolo afirmou que o câmbio flutuante é a principal defesa da economia brasileira frente a esse cenário.
Estadão Conteúdo