O número de brasileiros que se alistaram nas forças da Ucrânia durante o conflito contra a Rússia cresceu, e infelizmente também aumentou o número de mortos em combate. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que já são dez os cidadãos brasileiros que perderam a vida no conflito que ocorre no Leste Europeu.
Conflito em andamento
A guerra na Ucrânia teve início em 2022 e segue há mais de três anos sem uma solução pacífica definitiva.
De acordo com os dados mais recentes do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), mais de 13,3 mil civis já morreram desde o começo do confronto.
Esforços diplomáticos entre Moscou e Kiev visando o término do conflito tiveram início em janeiro deste ano, com a mediação dos Estados Unidos, então liderados por Donald Trump.
Rússia e Ucrânia realizaram três rodadas de negociações diretas na Turquia, mas até o momento não houve avanços significativos.
Além das mortes confirmadas, o Itamaraty calcula que 18 brasileiros estejam desaparecidos após se unirem às batalhas.
Esse número é semelhante ao apontado por autoridades ucranianas. Um funcionário da diplomacia da Ucrânia, entrevistado sob anonimato pelo Metrópoles, indicou que mais de 20 brasileiros permanecem sumidos após confrontos com tropas russas.
Na terminologia diplomática, um combatente declarado desaparecido é considerado morto mesmo sem ter tido o corpo localizado.
Recrutamento de estrangeiros
Desde o início do conflito, em 2022, a Ucrânia, sob liderança de Volodymyr Zelensky, lançou uma grande campanha para atrair combatentes estrangeiros.
Nos primeiros dias da guerra, o presidente ucraniano criou a Legião Internacional de Defesa Territorial, oferecendo salários que variam entre US$ 550 e US$ 4.800 mensais.
Como a Legião está ligada diretamente às Forças Armadas ucranianas, o governo do país rejeita a classificação dos combatentes estrangeiros como mercenários.
Já a Rússia também inclui brasileiros entre suas tropas, embora em número menor.