O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a chance de muitos jovens entrarem na faculdade. Para garantir que todos os alunos da rede pública tenham essa oportunidade, a Secretaria de Educação (SEEDF), através da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), iniciou no último sábado (16) o projeto Enem Inclusivo e Especial. Este projeto oferece aulas preparatórias aos sábados para estudantes com deficiência ou transtornos funcionais. A aula inaugural aconteceu no auditório do Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (Cesas) e marcou o começo dessa jornada até o dia do exame.
O programa é fruto do trabalho conjunto de professores, gestores, estudantes e famílias, numa mobilização comunitária. “O Enem Inclusivo e Especial nasceu do compromisso da professora Vera Lúcia Barros, com o objetivo simples e profundo de garantir oportunidades iguais a todos. Cada detalhe foi pensado, desde aulas com intérpretes de libras até a atenção e dedicação dos professores”, destacou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, na aula de abertura.
Nesta edição, o projeto trouxe uma novidade: parceria com o Senac-DF, que oferece uma plataforma digital totalmente acessível. Esta tecnologia amplia a independência dos alunos com conteúdos assistivos, legendas, audiodescrição e apoio de professores especializados. “Nosso diferencial é a acessibilidade completa. Queremos que cada aluno tenha um espaço seguro e acolhedor para aprender”, afirmou a subsecretária Vera Lúcia Barros.
Em 2025, o projeto atende 41 estudantes diretamente e mais 50 pelo eixo de empregabilidade, que ajuda na preparação para o trabalho. A iniciativa vai além do ensino superior, buscando independência e oportunidades profissionais para os jovens.
Mais chances, mais sonhos
Um exemplo é Luis Felipe Sales, ex-aluno do projeto que entrou no curso de jornalismo pelo Enem e conseguiu seu primeiro emprego com carteira assinada. “Não foi fácil, fiquei quase um ano desempregado depois de formado, mas com o apoio do programa consegui uma chance. Hoje trabalho na área administrativa de um hospital e já penso no futuro”, relatou.
Luis Felipe aconselha os estudantes do programa: “Aproveitem cada aula ao máximo. Professores e equipe estão sempre prontos para ajudar, então perguntem sem medo. Criem o hábito da leitura diária, revisem provas antigas, façam exercícios e usem técnicas de memorização, como repetição. Também é importante cuidar da saúde, comer bem e descansar, pois isso faz toda a diferença na prova. A dedicação vale a pena, os resultados aparecem”.
O Enem Inclusivo e Especial também é um espaço de troca, apoio emocional e motivação. Professores e monitores dedicam os sábados para dar reforço, estímulo e confiança aos alunos. Além das aulas, há orientações sobre autocuidado, rotina de estudos e métodos de memorização. “A educação abre portas, mas é o coração de vocês que deve decidir atravessá-las”, motivou Hélvia Paranaguá.
Mais do que preparar para um exame, o projeto é um passo importante para uma educação pública que acolhe as diferenças e valoriza talentos. “Nosso trabalho é mostrar que todos têm habilidades e que a inclusão transforma vidas. Sou grata à equipe da Subin e aos professores por fazerem parte deste momento tão significativo do Enem Inclusivo e Especial”, comemorou a subsecretária Vera Lúcia Barros.
Com informações da Secretaria de Educação