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sexta-feira, 10/10/2025

Áudio revela tribunal do crime de Matuê antes de sua morte

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Áudios exclusivos obtidos pela coluna Na Mira revelam os bastidores da disputa entre facções criminosas no Rio de Janeiro. Nas gravações, Ygor Freitas de Andrade, conhecido como Matuê, apontado como líder militar do Comando Vermelho (CV), conversa com Carlos da Costa Neves, o Gardenal, membro da liderança da facção, sobre o futuro de um adversário identificado apenas como “Cowboy”.

Em um dos áudios, Matuê fala de maneira direta: “Nós veio dar um papo tranquilo no cara, o cara tá tudo arrogante, querendo pegar o vapor, querendo pegar o gerente, querendo pegar uma caça do Tiriça. Traduzindo: tá sentado, sentado aqui no banheiro”, disse.

Após essa gravação, Cowboy desapareceu. Investigadores suspeitam que seu sumiço esteja relacionado à decisão da cúpula do CV de expandir seu território e eliminar inimigos.

Morte de Matuê
Na manhã da quinta-feira, 9 de outubro, a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação no Campinho, na Zona Sudoeste da cidade, visando cumprir mandados de prisão contra líderes do tráfico.

A ação contou com agentes da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital (DRE-CAP), resultando na morte de Matuê e dois de seus seguranças.

Matuê era o chefe do tráfico nas comunidades da Gardênia Azul e Cidade de Deus, além de integrar a chamada “equipe sombra”, uma facção associada ao traficante Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW. Ele era considerado peça fundamental na violenta disputa pelo controle do tráfico em Jacarepaguá.

Foco atual
Com a morte de Matuê, as atenções da polícia agora estão voltadas para Gardenal, considerado um dos principais líderes da facção. Aos 29 anos, ele responde a sete mandados de prisão por crimes como tráfico, associação criminosa e homicídio.

Informações obtidas pela Na Mira indicam que Gardenal tem oferecido recompensa de R$ 5 mil por cada miliciano eliminado como forma de acelerar a ofensiva contra grupos rivais. Ele atua principalmente nas comunidades da Vila Cruzeiro, Quitungo e Guaporé, na Zona Norte, e é homem de confiança de Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca da Penha” ou “Urso”, líder tradicional do CV.

Atualmente, Gardenal está foragido da Justiça.

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